terça-feira, 30 de março de 2010

FESTIVAL DE CURITIBA: O FRINGE PRECISA MELHOR QUALIFICAÇÃO!!!


Cabeças para pensar o Fringe

O ineditismo de ter algumas cabeças pensando o Fringe permite vislumbrar o que a mostra paralela pode se tornar, mas ainda não é. No início do ano, cogitava-se ter, além de Chico Pelúcio e Beto Andretta, também os diretores Paulo de Moraes (do Arma­­zém) e Enrique Diaz (da Cia. dos Atores) como programadores de salas teatrais. É uma perspectiva a ser mantida e ampliada, de modo inclusive a que se possa cobrar desses curadores uma linha de pensamento sobre teatro, como se cobra dos responsáveis pela Mostra Con­­tem­­po­­rânea.

Não foi um ano de grandes surpresas na mostra paralela, porém a seleção prévia garantiu uma cota de bons espetáculos superior à que se via nas últimas edições: A Noite dos Pa­­lhaços Mudos, no Cleon Jac­­ques. Ca­­chorro! e Não sobre o Amor, no reaberto Teatro HSBC. De Como Fiquei Bruta Flor, no Novelas Curiti­­ba­­nas. Todos esses, trabalhos de grupos já consolidados.

Se uma “revelação” pode ser apontada é o grupo Quatrolos­cinco, de Belo Horizonte, com o espetáculo É Só uma Formalidade. Ganhou público dia-a-dia no Mini-Guaíra, estabelecendo uma relação cúmplice com a pla­­teia, numa montagem inventiva na estrutura (rounds de um combate) e no recurso às metáforas para revistar o fracasso das relações sentimentais, trocando o sentimentalismo pela sutileza até no uso da ironia. A peça já veio reconhecida da capital mineira. Curitiba se tornou sua primeira vitrine fora de casa, e, espera-se, há de catapultá-la para outros festivais e palcos do país.

Fora das salas programadas, o Fringe se estende como uma vasta mostra da produção curitibana, portanto, sujeita aos altos e baixos das companhias locais. O Teuni concentrou alguns bons espetáculos da temporada passada, com destaque para o solo The Cachorro Manco Show, grande momento do ator Leandro Daniel Colombo. No TUC, a reunião de companhias iniciantes resultou em uma programação de qualidade irregular.

O excesso de oferta – ou “excesso de democracia”, como se responde nos bastidores à concepção de que o Fringe seja um espaço democrático aberto a qualquer um – se traduziu em falta de público até para comédias comerciais.

É bater na mesma tecla, mas como evitar? Espectadores que caem em montagens precárias ano a ano desistem do Fringe. O investimento crescente em programadores e a cobrança do re­­gistro profissional, para afastar amadorismos, se impõem urgentes.

EMERSON PEIXOTO AGITA A CULTURA EM FOZ DO IGUAÇU!!!


Dia 10 de abril estaremos dando início ao projeto “IGUASSU IN CONCERT” que irá culminar em outubro do ano de 2011 com o encontro com mais de 200 instrumentistas, muitos deles premiados com o “Grammy” e tantos outros indicados para o mesmo premio. Faça logo a sua reserva para a apresentação deste dia 10 de abril na sala um do Iguassu Boulevard.

Festival Internacional de Dança Hip Hop de Curitiba abre as inscrições para as Seletivas Estaduais e Seletiva Municipal de Curitiba.

Sempre pensando em evoluir, esse ano todas as inscrições serão feitas pelo Festival ONLINE.

No HOME do site do festival terá um link que o levará diretamente ao novo sistema, com explicações de como proceder e facilidades para você poder acompanhar ou atualizar mudanças. As dúvidas que surgirem poderão ser esclarecidas diretamente por:

e-mail:contato@festivalhiphop.com.br
msn: festivalinternacionaldehiphop@hotmail.com
Visite o site e descubra outras novidades: www.festivalhiphop.com.br

Seletiva Municipal de Curitiba - 7 de maio

Seletiva Estadual do RS | Passo Fundo - 8 de maio

Seletiva Estadual de SC | Timbó - 9 de maio

9º Festival Internacional de Hip Hop - Curitiba - 2, 3 e 4 de julho

ALICE DE TIM BURTON CONTINUA FAZENDO SUCESSO!!!


"Alice" lidera bilheterias internacionais pela quarta semana seguida

A versão 3D de "Alice no País das Maravilhas" criada pelo diretor Tim Burton --um dos dois filmes a ocupar o primeiro lugar nas bilheterias internacionais nos primeiros três meses do ano-- encerrou o primeiro trimestre no primeiro lugar pelo quarto fim de semana consecutivo.

O filme da Disney rendeu U$ 46 milhões no fim de semana em 7.170 cinemas em 51 países, totalizando arrecadação de U$ 363 milhões em todo o mundo menos EUA e Canadá. Sua bilheteria global está em U$ 656,1 milhões.

Antes de "Alice", a sede por diversão 3D no restante do mundo levou "Avatar", da 20th Century Fox, para o primeiro lugar por oito semanas consecutivas, até 28 de fevereiro.

A título de comparação, entre janeiro e o final de março de 2009 oito filmes se alternaram na posição de número um internacional (exceto EUA e Canadá), incluindo "Madagascar 2 - a Grande Escapada", da DreamWorks Animation, e "Gran Torino", de Clint Eastwood.

No último fim de semana "Alice" foi desafiado por "Como Treinar o Seu Dragão", da DreamWorks Animation, que atraiu 31 milhões de dólares a partir de 5.594 cinemas em 35 países.

A arrecadação internacional (fora dos EUA e Canadá) da animação em 3D sobre um adolescente viking solitário que faz amizade com um dragão gigante está em U$ 42 milhões; incluindo a América do Norte, chega a 85,3 milhões.

"Como Treinar o Seu Dragão" estreou como número um na América do Norte e foi o segundo colocado, atrás de "Alice", no restante do mundo.

"Dragão" estreou como número um no Brasil, México e Espanha, mas teve sua melhor performance na Rússia.

Enquanto isso, "Avatar" atraiu mais U$ 7,6 milhões no fim de semana de 2.600 cinemas em 63 países, elevando seu total mundial (sem EUA e Canadá) para inusitados U$ 1,95 bilhão.

O blockbuster do diretor James Cameron foi o quarto colocado no fim de semana, atrás de "Ilha do Medo", de Martin Scorsese, que vendeu U$ 10 milhões em ingressos em 46 países. O drama estrelado por Leonardo DiCaprio já arrecadou ao todo 125,6 milhões de dólares fora da América do Norte.

O quinto colocado foi "Um Sonho Possível", com a ganhadora do Oscar Sandra Bullock, que vendeu U$ 6,7 milhões no fim de semana em 28 países fora da América do Norte (totalizando U$ 224 milhões no resto do mundo até agora).

A comédia romântica "Caçador de Recompensas", do diretor Andy Tennant e estrelado por Jennifer Aniston e Gerard Butler, vendeu U$ 6,1 milhões em 1.705 cinemas de 31 países.

segunda-feira, 29 de março de 2010

PARA QUEM GOSTA DE TEATRO E "ESTÉTICA"!!!


Festival de Curitiba mostra quebra de fronteira entre teatro e artes plásticas
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GUSTAVO FIORATTI
da Folha de S.Paulo, enviado especial a Curitiba

No momento em que o ator Ranieri Gonzales toma impulso para um mergulho de cabeça contra a parede cenográfica do espetáculo "Vida", fica em suspensão não só o ritmo alucinante de uma peça cheia de dilemas íntimos, com base na obra de Paulo Leminski, mas também uma espécie de simbologia metalinguística apontando o esfacelamento de fronteiras entre expressões artísticas, mais especificamente entre teatro e artes visuais.

Com essa peça sobretudo, mas também em "Cinema", de Felipe Hirsch, "Travesties", da Companhia de Ópera Seca, e "Um Navio no Espaço ou Ana Cristina César", dirigida por Paulo José, o festival representou um grupo de encenadores empenhados em reverter uma tradicional hierarquia das artes cênicas. Nestes trabalhos, cenário, luz e trilha sonora deixam de ser elementos ilustrativos.

Sinais dos tempos, estavam presentes na mostra contemporânea desta edição do festival cenografias assinadas por Daniela Thomas ("Cinema"), William Pereira ("Travesties"), Márcio Medina ("Till, a Saga de um Herói Torto") e Bia Lessa ("Formas Breves"). São nomes habituados a lidar com essa quebra; todos eles já exerceram alguma outra representação artística, ou como diretores, ou como escritores e intérpretes, ou como escultores até.

"Estive na Bienal de Veneza de 2009, e ali ficou muito evidente que as fronteiras entre expressões artísticas caducaram", diz Daniela Thomas. Sua cenografia para "Cinema" praticamente fundamenta a composição dramatúrgica da peça. É sobre o cenário, pensado também por Hirsch antes do texto, que surge o protagonista de uma história: o próprio cinema. Não é literal, mas está ali "o retrato de uma sala de rua de São Paulo, dessas que estão desaparecendo", define o diretor.

A iluminação reflete no rosto dos personagens, sentados numa plateia, a luz emitida por um projetor. Foi concebida por Beto Bruel, iluminador que já venceu três vezes o Shell.

De volta ao ator que se jogou contra o cenário de "Vida", atravessando uma de suas paredes, rasgando com o próprio corpo um ambiente onírico e claustrofóbico: quão próximo estaria ele de uma ação performática, expressão hoje mais relacionada às artes visuais?

Muito próximo, responde o diretor da peça, Márcio Abreu. "A interface com artes de outra natureza abre o campo de leitura do texto." Por trás daquela cena, existe um trabalho de materiais. O próprio cenógrafo, Fernando Marés, ganhou arranhões, testando a possibilidade de romper a parede com o corpo. Faz lembrar a dupla Marina Abramovic e Ulay em "Interruption in Space", de 1977, em que ambos se jogam contra a parede à exaustão.

O cenário de "Travesties" é outro exemplo, chegou ao teatro Guaíra em dois caminhões. Um amontoado de jornais e livros, além de mesas e cadeiras, que William Pereira usou para compor um tipo de fundo grandioso, mais comum em óperas, com estética acentuada pela iluminação do diretor Caetano Vilela. Impactante, o que era fundo veio à frente do espetáculo. Especialmente na chuva de livros do primeiro ato.

Para a curadora do festival, Tânia Brandão, a ascensão do trabalho de cenógrafos a um primeiro plano reflete o aprofundamento de pesquisas que, em parte, deriva do suporte financeiro de políticas públicas e leis de incentivo. "Se não fosse esse inchaço, acho que não teríamos conseguido fazer essa representação na Mostra Contemporânea", diz. Para o diretor do festival, o exemplo contrário é a própria edição do ano passado, que minguou por conta da crise mundial.

FESTIVAL DE CURITIBA: BLOGS RECEBEM RECLAMAÇÕES!!!


Publico aqui uma mensagem da leitora Taisa Noetzold, enviada à redação. E abro o espaço para outros leitores e espectadores que tenham comentários a fazer sobre a organização do festival.

Não com a intenção de depreciá-lo: Como ouvi de uma produtora de Música para Ninar Dinossauros diante do anúncio do atraso de duas horas (que se estendeu por 2h42), o teatro é feito por pessoas, portanto está sujeito a erros e imprevistos, um pouco de paciência ajuda a contorná-los. Mas identificar os problemas há de ser o primeiro passo a resolvê-los.

"Será que o festival tomou proporções maiores do que é possível coordenarem?
Na sexta assistimos ao Till - uma peça super comentada, de um grupo conhecido, com muitas indicações e...a decepção!! O som estava tão ruim que ninguém entendia nada. Saímos nos perguntando quem são os responsáveis pela classificação das peças. Quem classificaria como livre uma peça onde os atores falam palavrões pesados o tempo todo e até mostram a bunda durante o espetáculo? O que fazer com as crianças? Sair no meio da peça?

Ontem fomos assistir ao Exotique que começou com as vaias da plateia decorrente do atraso de 50min. Todas as peças estão começando com atraso. Muitos foram embora, já que o horário das 21h para um espetáculo de circo já é um absurdo e começar este com tamanho atraso é um total desrespeito ao público. Os coordenadores do evento no local só dizem com total falta de consideração ao público que resolveram fazer uma sessão extra de última hora, o que provocou o atraso na sessão oficial.

E o que falar sobre o tão famoso Risorama? Um lugar improvisado, ruim, quente, mal coordeando, com atrasos de aproximadamente 40min e muito menos do que esperávamos. Só críticas!

É muito triste ouvir tantas críticas sobre um evento cultural tão importante ao nosso país. A coordenação do festival é tão importante quanto os próprios espetáculos e deveria estar sendo levada a sério."


Atualização
Acrescento outra mensagem recebida por e-mail. Esta, do leitor Paulo Ribeiro:

"Como frequentador assíduo de vários teatros de Curitiba, venho fazer minha crítica quanto ao som do Teatro Positivo, assunto esse que vem gerando polêmica desde sua inauguração. Na peça Loba de
Ray-ban, na terca dia 23, o som estava muito baixo, sempre com eco, ficando muito difícil escutar as falas dependendo da posiçao dos artistas no palco. Talvez tenha sido um dos motivos que levaram
muitas pessoas saírem bem antes do termino da peça."

domingo, 28 de março de 2010

NELSON XAVIER INTERPRETA "CHICO XAVIER"!!!


Um outro Xavier no papel de “antena” do Brasil
Filme de Daniel Filho conta a história do médium que psicografou mais de 400 livros e mensagens de espíritos aos seus entes queridos

Publicado em 28/03/2010 | Annalice Del Vecchio

Pegar um avião sacolejante com o ator Nelson Xavier inevitavelmente fez esta repórter associar o momento, com certo pavor, à cena tragicômica protagonizada por ele no longa-metragem Chico Xavier, de Daniel Filho.

Ator e jornalista retornavam da pré-estreia do filme, na última quarta-feira, em Paulínia, interior de São Paulo, seguida de uma entrevista coletiva em que Xavier revelou ter vivido uma verdadeira revolução espiritual após encarnar com absurda verossimilhança o médium mineiro falecido em 2002 – que completaria 100 anos no próximo dia 2 de abril, data da estreia do filme.

Uma turbulência em um voo entre Belo Horizonte e Uberaba, onde Chico Xavier viveu dos 49 anos até o fim da vida, fez com que o calmo espírita começasse a gritar, clamando por todos os santos, e fazendo com que os outros passageiros entrassem em pânico. Afinal, se a maior “antena” do Brasil, como era chamado por se comunicar com os espíritos, estava tão apavorada, era porque a morte os espreitava. Neste momento, seu guia espiritual, o espírito Emmanuel, aparece e manda ele se calar de modo autoritário.

A estranha cena parece um tanto deslocada em meio a um filme de tintas dramáticas. Mas Daniel Filho conta tê-la encenado exatamente como aconteceu, assim como outros fatos pinçados pelo roteirista Marcos Bernstein da biografia As Vidas de Chico Xavier escrita pelo jornalista Marcel Souto Maior.

“O filme faz um retrato quase jornalístico de uma figura tão intrigante e idolatrada”, diz o autor sobre esta produção encabeçada por pessoas que puseram em xeque seu ceticismo após mergulhar no universo do médium que psicografou mais de 400 livros e reverteu toda a renda a instituições de caridade.

Encontro marcado

Há 15 anos, um cético Souto Maior bateu na porta do médium mineiro para escrever a biografia por “simples interesse jornalístico”. Ao conhecê-lo, lágrimas escorreram de seu rosto sem que ele sentisse nenhuma emoção. “Achei que era m goteiras que pingavam do teto”, conta. Se tal fenômeno o surpeendeu, o que dirá Nelson Xavier, que reviveu o espírita nas telas? Absolutamente descrente, o ator costumava se irritar ao ser confundido com o Chico Xavier, seja por sua semelhança física ou pelo sobrenome. Há cerca de seis anos, ele recebeu o livro enviado pelo próprio Souto Maior, com uma dedicatória pedindo-lhe que interpretasse o biografado no cinema. “Li, me deslumbrei com a trajetória de Chico e desejei fazer o papel. Nunca desejei fazer um papel antes disso”, conta.

A julgar pela aparência emocionada do ator durante toda a entrevista coletiva, sua vida se divide em antes e depois de intepretar Chico Xavier. “Foi como se uma cachoeira de emoção tivesse tomado conta de mim, algo que ultrapassou a vida profissional. Descobri que a gente precisa acreditar no amor, prestar mais atenção nele. Chico vai me acompanhar sempre a partir de agora”, diz.

Outro cético, o ateu Daniel Filho, que no início queria apenas produzir o longa, aceitou dirigi-lo após uma árdua tarefa de convencimento dos produtores associados, que terminou, tal como aconteceu com Souto Maior, vertendo lágrimas não-intencionais.

A co-produção da Sony Pictures, Dowtown Filmes, Globo Filmes e Estação da Luz impressiona não só pela cifra de R$ 11 milhões do orçamento como pelo elenco gigantesco, de 135 atores e cerca de mil figurantes, encabeçado por estrelas como Tony Ramos, Christiane Torloni, Letícia Sabatella, Luís Mello, Pedro Paulo Rangel, Paulo Goulart, Giulia Gam e Giovana Antonelli.

Nelson Xavier interpreta o médium na última fase de sua trajetória mostrada no filme, entre 1969 e 1975. “Não havia como não contar este momento que é o mais fresco na cabeça das pessoas”, opina Souto Maior. É nesta fase, aos 60 anos, que ele se torna célebre por seu trabalho na Casa da Prece, em Uberaba, onde psicografava mensagens dos mortos aos seus familiares, e é sabatinado por quase três horas no programa Pinga-Fogo, da TV Tupi, em 1971 – cujos trechos fielmente encenados norteiam todo o filme.

Há ainda dois outros momentos-chave da vida do médium. O ator-mirim Matheus Costa, que interpreta Chico Xavier na infância, surge em cena lambendo a ferida de outra criança, por ordens de sua madrinha malvada (Giulia Gam). “A cena representa o que ele fará metaforicamente durante toda a sua vida ao consolar mães desejosas de entrar em contato com seus filhos falecidos”, analisa Daniel Filho.

A aparência pouco lembrada do médium ainda jovem ganha as feições de Angelo Antonio (no papel de outro Francisco, após 2 Filhos de Francisco), que vive o personagem entre 1931 e 1959. “Ensaiamos muito juntos, nos espelhamos uns nos outros para fazer uma pessoa só”, conta Nelson.

Enquanto Chico/Nelson Xavier é sabatinado no Pinga-Fogo sobre questões polêmicas como sexo, catolicismo e bebês de proveta pelo jornalista Saulo Guimarães (em grande atuação de Paulo Goulart), o diretor da TV Tupi, o personagem Orlando (vivido por Tony Ramos) conduz a transmissão ao vivo da entrevista. Ao mesmo tempo, ele e sua mulher Glória (Christiane Torloni) vivem um drama que toma boa parte da trama e que será solucionado com a intervenção do médium.

sábado, 27 de março de 2010

HOJE É A VEZ DE PLUFT EM IBIPORÃ!!!


SERVIÇO:

PLUFT - O FANTASMINHA

CIDADE: IBIPORÃ

LOCAL: CINE TEATRO PADRE JOSÉ ZANELLI

HOJE - 16 HORAS

INGRESSOS: ANTECIPADO OU COM BÔNUS NA HORA R$ 7.00

NA HORA SEM BÔNUS R$ 14.00

A VENDA NO LOCAL E CASTELO REINO DA MODA

INFORMAÇÕES: 45 - 9961-2700

sexta-feira, 26 de março de 2010

APUCARANA RECEBE HOJE "PLUFT - O FANTASMINHA"!!!


SERVIÇO:

ESPETÁCULO: PLUFT - O FANTASMINHA

CIDADE: APUCARANA

LOCAL: CINE-TEATRO FÊNIX

DIA: 26 DE MARÇO (HOJE)

HORÁRIO: 20 HORAS

INGRESSOS: ANTECIPADO OU COM BÔNUS NA HORA R$ 7.00

NA HORA SEM BÔNUS R$ 14.00

A VENDA NO LOCAL

INFORMAÇÕES: 43 - 3423-2944 / 45 - 9961-2700

quinta-feira, 25 de março de 2010

DIG DUTRA SERÁ MARIA MADALENA EM AUTO DA PAIXÃO DE CRISTO!!!


A atriz Dig Dutra (Abadia do Zorra Total), será uma das protagonistas do tradicional AUTO DA PAIXÃO DE CRISTO, que acontece anualmente na cidade de NOVA JERUSALÉM em PERNAMBUCO.

Juntamente com atores como: SUZANA VIEIRA (MARIA), MAURO MENDONÇA (HERODES), PAULO CÉSAR GRANDE (PILATOS) E ERIBERTO LEÃO (JESUS CRISTO), a atriz representará MARIA MADALENA.

Com o mote "Uma história de amor e sofrimento que ninguém conta melhor que a gente", o AUTO DA PAIXÃO DE CRISTO acontece a partir de amanhã (26) e continua com apresentações diárias até dia 03 de abril.

A atriz DIG DUTRA, estará se apresentando no PARANÁ na semana seguinte (13 à 18 de abril), com o espetáculo "OS PÂNDEGOS", que têm sessão marcada em CASCAVEL dia 16 de abril (sexta) às 20 horas no CENTRO CULTURAL GILBERTO MAYER.

quarta-feira, 24 de março de 2010

RENATA SORRAH É LADY MACBETH


Macbeth é um mergulho no abismo da vida

"Bravo! Bravo!", gritou o público na noite desta segunda-feira (23), de pé, no final da apresentação de Macbeth (confira o serviço), de William Shakespeare, no Festival de Curitiba. Havia bons motivos para tanto entusiasmo no Teatro Guaíra. A nova montagem do clássico shakespeariano, com direção de Aderbal Freire-Filho, é uma versão mais próxima e compreensível do público, ao mesmo tempo profunda e atual.

Escrita há mais de 400 anos, "Macbeth" trata de emoções universais: paixão, ambição, ódio, vingança e inveja. Renata Sorrah vive Lady Macbeth, mulher do ambicioso Macbeth, interpretado por Daniel Dantas.

A ação se passa na Escócia quando Macbeth, general do exército escocês e primo do Rei Duncan, escuta profecias de três bruxas que o proclamam futuro Rei da Escócia. A honra e fidelidade à autoridade real de Macbeth são substituídas pela ganância.

Obcecada pela ideia do poder a qualquer preço, Lady Macbeth instiga o marido a matar quem quer que seja, a começar pelo rei, para que eles desfrutem do poder. Ele se deixa levar pelas obsessões de sua mulher e se desespera ao cometer seu primeiro assassinato. Começa a ser atormentado por um sentimento de culpa. Quando Macbeth passa a agir sozinho, Lady se desintegra.

Na obra de Shakespeare, Lady Macbeth é uma personagem megera e maquiavélica. A Lady de Renata Sorrah não tem essa característica demoníaca da famosa personagem. Parece que ela comete um crime mais por amor incondicional ao marido do que por cobiça. Já o Macbeth de Daniel Dantas parece ser o mesmo do início ao fim, nem tirano, nem arrependido.

O espetáculo tem seus momentos de sarcástico humor e sobrenatural, onde as bruxas trocam seus caldeirões por um chá das cinco. O cenário e as marcações são divididos em quatro grandes mesas ao centro, que ora são mesas de chá ou jantar, ora são palcos para cenas e até mesmo cavalos para os soldados.

No fim das contas, a peça agrada muito. É uma montagem tão atemporal quanto seu autor. A tragédia dos Macbeth pode ser compreendida muito além do seu tempo. Suas condições humanas não são estranhas para nós. Como eles, ambições e contradições conduzem nossos atos. Quem sabe do que somos capazes? Acredite, nem nós sabemos...

HOJE TEM PLUFT - O FANTASMINHA EM ROLÂNDIA!!!


PLUFT - O FANTASMINHA

CENTRO CULTURAL NANUK

20 HORAS

INGRESSOS ANTECIPADOS OU COM BÔNUS R$ 7.00

NA HORA SEM BÔNUS R$ 14.00

PONTO DE VENDA: BIBLIOTECA PÚBLICA / BANCA DO ROBERTO / LOJA QUERO MAIS BRINQUEDO

terça-feira, 23 de março de 2010

QUEM DISSE QUE NÃO VEM TEATRO PARA CASCAVEL???!!!


ACPT PREPARA DELIVERY PARA GLOBAIS!!!

Assessoria de Imprensa da ACPT

A Associação Centro de Pesquisa Teatral (ACPT), cada vez mais preocupada com o conforto e a qualidade de suas produções, implantou no ano de 2009 um serviço inédito no setor cultural, o DELIVERY.

O DELIVERY, nada mais é que um serviço de entrega no local solicitado de um tipo de material, no caso da ACPT, ingressos de seus espetáculos e Companhias promovidas pela entidade. O serviço foi testado pela primeira vez em março de 2009, com a produção de O ANALISTA DE BAGÉ. Recentemente (06/03), o DELIVERY DA ACPT, foi utilizado em sua produção JOÃO E MARIA, e em nenhuma das duas promoções foi entregue menos de 100 ingressos pelo sistema.

OS PÂNDEGOS

A Associação Centro de Pesquisa Teatral, trará para o Paraná o espetáculo teatral "Os Pândegos" - protagonizado pela atriz DIG DUTRA (a Abadia do ZORRA TOTAL), e o ator WAGNER TRINDADE (o menino Gabriel, também do ZORRA TOTAL E DOMINGÃO DO FAUSTÃO).

Na primeira etapa (13 à 18 de abril), o espetáculo será apresentado nas seguintes cidades do estado: Loanda, Cianorte, Umuarama, Toledo, Cascavel e Campo Mourão.

Na segunda etapa (data a confirmar): Foz do Iguaçu, Medianeira, Francisco Beltrão, Pato Branco, Guarapuava e Apucarana.

O ESPETÁCULO

A peça OS PÂNDEGOS surgiu da parceria de duas mentes criativas, apaixonadas pelo riso e pré-dispostas ao ridiculo. Dig Dutra e Wagner Trindade são atores profissionais e já fizeram muito drama vida a fora. Mas foi através do humor que descobriram a verdadeira essência do trabalho do ator. Dig e Wagner não só interpretam, mas também criam, escrevem e compõem seus personagens.

O desprendimento, a falta de dignidade com que o cômico se revela, a verdade de seus personagens e a cumplicidade que encontram na platéia são, sem dúvida, fundamentais para o sucesso deste espetáculo.

OS PÂNDEGOS é um verdadeiro show de humor, onde o público vai poder conhecer o lado mais humano e, porque não dizer, mais insanos de alguns personagens. Morte, Valentina, Tia Biju, Das Dores, Paulo Cesar, Suellen e Gabriel Aphonso são personagens muito diferentes, porém, todo muito carentes. E mostram, com muito humor, que assim como existem vários tipos de carência, existem também várias maneiras de lutar contra ela.

Em Cascavel os ingressos estarão a disposição para compra antecipada a partir da próxima segunda-feira (29/03), e estarão a venda nos seguintes locais: REDE DE FARMÁCIAS IGUAÇU (FARMÁCIAS DO CENTRO), CENTRO CULTURAL GILBERTO MAYER E PELO DELIVERY: 45 9912-3780 E 9961-2700

SERVIÇO:

"OS PÂNDEGOS"
LOCAL: CENTRO CULTURAL GILBERTO MAYER
DIA: 16 DE MARÇO - 20 HORAS
INFORMAÇÕES: 45 - 39021368 / 39021369
DELIVERY: 45 - 99123780 / 99612700
INGRESSOS ANTECIPADOS/BÔNUS R$ 25.00
NA HORA SEM BÔNUS R$ 50.00

TROPA DE ELITE DOIS VAI DETONAR!!!


Ooops!: "Tropa de Elite 2" terá batalha entre o "mal" e o "pior ainda"
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da Folha Online

A ausência de maniqueísmo, que já estava presente no primeiro "Tropa de Elite", vai ser ainda mais evidente na sequência do filme, que está sendo rodada no Rio de Janeiro. Não haverá mocinhos na trama, mas uma batalha entre o "mal" e o "pior ainda".

A informação é da coluna Ooops!, do UOL.


O ator Wagner Moura, que vai estar de volta ao papel de capitão Nascimento em "Tropa de Elite 2"

No novo filme, traficantes, policiais, políticos e parte da própria sociedade civil irão confundir o espectador, que não saberá se há alguém com caráter na história.

Segundo pessoas ligadas à produção, o filme tem tanto ou mais potencial que o primeiro longa para atrair público e conquistar prêmios.

As gravações de "Tropa de Elite 2" haviam sido interrompidas em fevereiro, mas já foram retomadas.

FESTIVAL DE CURITIBA: MAIS UMA OBRA DE BORTOLOTTO NO EVENTO!!!


Peça escrita por londrinense entra em cartaz na Capital

'O Método', de autoria de Mário Bortoloto, conta a história de dois jovens atores que se preparam para uma prova de atuação num curso de teatro

De 25 a 28 de março, o Grupo Todomundonu irá encenar, no Museu Oscar Niemeyer, o espetáculo teatral 'O Método', escrito por Mário Bortoloto, um dos grandes nomes da dramaturgia paranaense.

Com direção de Carlos Vilas Boas e supervisão de Fátima Ortiz, a peça conta a história de dois jovens atores (Júnior e Jony), vividos por Junior Ventura e Ithamar Kirchner, que se preparam para uma prova de atuação, supostamente em um curso de teatro.

Repletos de dúvidas e insegurança, os jovens iniciam o espetáculo de avaliação, chamado O Método. Os textos encenados fazem uma retrospectiva bem humorada da vida de duas pessoas que falam de suas experiências rebeldes na juventude, em esquetes estreladas por, ninguém menos, que seus respectivos Egos, vivenciados por Carlos Vilas Boas e Ricardo Alberti.


Os ingressos para O Método podem ser adquiridos nas bilheterias do Festival de Curitiba ou pelo Ingresso Rápido (www.ingressorapido.com.br). Mais informações pelo telefone (41) 3029-6860 ou no site www.festivaldecuritiba.com.br.

segunda-feira, 22 de março de 2010

ENQUANTO CASCAVEL NÃO SAI DO LUGAR EM ATIVIDADES DE CIRCO... TOLEDO DÁ UM SHOW DE COMPETÊNCIA!!!


SHOW E OFICINAS EM PONTA GROSSA

Marcarão o Dia do Circo

Ontem o dia foi de muito trabalho e conversa, para afinar os últimos detalhes do show, afinal estamos a sete dias da próxima viagem, o destino é a cidade de PONTA GROSSA onde o Circo Ático, Associação Toledana de Circo terá o prazer de comemorar o dia Circo realizando duas apresentações do espetáculo “Depois Desse Dia...” que acontecerá na próxima segunda dia 29-03 com sessões as 14 e 20h no Cine Teatro Opera.

O Grupo também irá ministrar três dias de oficinas 28/03 e 30 e 31/04 para crianças e adolescentes que terão oportunidade de conhecer alguns conteúdos da arte circense, entre eles:

Contorcionismo, com Paula Regina Bombonatto e Poliana Aparacida Coelho;

Acrobacias de Solo, com Sandro Aparecido da Costa e Dione dos Anjos,

Equilibrismo e malabares com Edimar Aparecido de Pádua, Francieli Schrenk Bergmann e Alexandro Alves de Lima.

A realização do evento e da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa/Secretaria de Cultura e Turismo.


conheça um pouco mais da Cia. visite:



http://circoatico.blogspot.com/

PAU NO FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA!!!


"Gente, vamos combinar: Dalton Trevisan nos fala muito sobre o caráter medíocre da classe média curitibana. Despolitizada, mal-informada, inculta. E se acha européia. Tem índices de homicídio da África e se acha européia. O Festival de Teatro é um negócio para arrancar dinheiro dos artistas e fazer vitrine para engambelar os que acreditam em propaganda. O Festival de Teatro que poderia ser parte de uma política pública de cultura pra cidade, virou um negócio. Mais uma forma de arrancar mais-valia, agora dos artistas. Quando tivermos uma administração que pense a cultura como política de estado, talvez o Festival seja o que poderia ser. Arte. com apoio do EStado. como é em todo país que quis ser civilizado. Aqui tudo vira um negócio. Desde a comida das crianças das creches que passaram a comer comida industrializada, até o Festival de Teatro que está todo nas mãos dfe mercenários do mercado da arte. Assim, minúsculo mesmo".

ANÔNIMO.

domingo, 21 de março de 2010

O DESRESPEITO COM O GRUPO DELÍRIO E SEU DIRETOR EDSON BUENO!!!


A ETERNIDADE E UM DIA

OK! Nós, do espetáculo “A Vida Como Ela É Nelson Rodrigues” já tínhamos percebido que os ingressos do Festival de Curitiba, vendidos na bilheteria, anunciam o TEUNI – Teatro Experimental da Universidade Federal do Paraná (onde apresentamos o espetáculo), como estando localizado na Reitoria e não na Praça Santos Andrade, onde está mesmo. Qual o problema? O público vai até lá e depois de descobrir o engano, vem até aqui. Chegam, normalmente, alguns minutos atrasados, por conta do detalhe. Durante as apresentações, temos contornado a situação começando alguns minutos depois para que o público tenha tempo de se acomodar. Acontece que, neste sábado, a apresentação de “A Vida Como Ela É”, estava marcada para 23 horas! E diante do problema dos ingressos, mais ou menos 30 pagantes chegaram ao teatro entre 23h01 e 23h08! E se depararam com a burocracia! Lembram um personagem de um desses humorísticos antigos que dizia em alto e bom tom “Ordis é ordis!”? Pois o cara transmutou-se no vigilante na portaria da Universidade Federal do Paraná. Tinha ele ordem de seus superiores, de que chova ou faça sol, trema a terra ou toquem os tambores, ele deve passar a chave na porta do monumento curitibano, pontualmente às 23 horas, e estamos conversados. Trinta coitados que subiam as escadas e estavam a centímetros da porta, deram com a cara no vidro, enquanto o zeloso vigilante virava a chave exatamente às 23 horas. “Nem um segundo a mais, nem um segundo a menos”, como o funcionário padrão adorou afirmar. E começou a epopéia do sábado à noite. Eu, o diretor do espetáculo, estava no palco organizando o início da função, enquanto o público gritando de ódio, ameaçava derrubar a porta centenária e o vigilante, impassível, nem dobrava a sobrancelha. Alguém chamou a polícia, que como não era acidente, nem assassinato, nem roubo, chegou em minutos. Um sargento, um cabo e um soldado, mais uma viatura escandalosa que iluminava o giroflex, embelezando mais ainda a fachada de nossa Universidade Federal do Paraná. Alguém, penso que o vigilante, explica aos representantes da lei que a responsabilidade era da peça de teatro, que não pediu autorização para que as portas da Universidade ficassem abertas mais cinco ou dez minutos. E eu, claro, sou chamado à portaria. Chego lá e é um pandemônio de gente indignada. Alguém grita: “Olha aqui, tem uma senhora de 75 anos que não pode entrar!” E a senhora de 75 anos rebate: “Não grite a minha idade em público!” E segue a conversa. O sargento da polícia militar me encara e me chama às barras da lei por causar aquele transtorno. Eu, entre pasmo e incrédulo exclamo: “Querido, você não está entendendo, a responsabilidade é do Festival, não minha!” Atentaram para o detalhe do “querido”? O policial virou os olhos e eu rezei para que alguma força cósmica fizesse o tempo voltar atrás só por alguns segundos quando eu retiraria o adjetivo, conservando a frase intacta. Mas o tempo não voltou e por consequência, fechou mais ainda. O digno policial, que não estava entendendo nada e de teatro deve entender menos ainda, resolver efetuar uma operação mental que levava em consideração o poder federal (A Universidade), o poder estadual (ele) e o poder municipal (a prefeitura, patrocinadora do evento) e continuou achando que a culpa era minha. Passo a mão no telefone e ligo para o Leandro Knopfolz, dono do festival. Ele aciona suas mãos direitas e elas, em breve deveriam aportar nas escadarias revoltadas. Chega o Diretor do Teatro. Segue-se o diálogo com o segurança:



Diretor - O que está acontecendo?

Segurança – Nós temos ordem de fechar às 23 horas. Ligamos para o Sr. Fulano (o chefe dele) e ele disse que era para seguir a ordem.

Diretor – O Fulano está de férias, quem responde por ele é Sicrano! E eu falei com o Sicrano e autorizei que entrassem pessoas nos espetáculos depois das 23 horas.

Segurança – Então eu falei com Sicrano, mas a porta não abre.



O Diretor resolve telefonar para o Sicrano. Segue a conversa ao telefone:



Diretor - Sicrano? Como é que você impede o público de entrar no teatro? Eu telefonei solicitando...

(Sicrano fala alguma coisa)

Diretor - Sim, eu não liguei pessoalmente porque eu tinha terapia, mas pedi para a Beltrana ligar. Ela não ligou?

Sicrano responde, provavelmente que não. E o Diretor desiste de continuar falando com ele.



Chega o braço direito do Leandro, uma senhora de cabelos curtos e pose de sargento da polícia militar. Olha profundamente nos MEUS olhos e atira:



- O que está acontecendo?



Eu respondo tudo e ela vai falar com o público revoltado. E resolve a parada à sua maneira. Troca todos os ingressos vendidos por convites para que as pessoas possam assistir “A Vida Como Ela É” em outra apresentação do Festival.

Tudo dura ainda muito tempo e blás-blás-bás, até que uma hora e vinte minutos depois todos se despedem e eu fico na escadaria da Universidade Federal do Paraná fazendo uma suave reflexão sobre o autoritarismo e a falta de respeito.

Resumo da ópera? Vamos lá.

Um simples incidente de incompetências, desmandos e falta de comunicação revela que somos, realmente filhos do Terceiro Mundo e nossa Curitiba (como diz o próprio Leandro Knopfolz) não passa de uma roça iluminada.

O autoritarismo começa com os seguranças sem o menor bom senso de deixar a porta aberta mais 5 ou 10 minutos. Depois a polícia que vai procurar o responsável justamente no mais fraco (eu!) que não tem qualquer ligação direta com governos. E finalmente, o pior de todos os desmandos, o do próprio Festival de Curitiba. Por quê? Para se livrar do problema, a sujeita responsável, vai distribuindo convites para o meu espetáculo, sem sequer me consultar, ou seja, os 30 convites que ela distribuiu sem minha autorização, vão tomar o lugar de 30 pessoas que comprariam para assistir “A Vida Como Ela É”. Na prática, ela me lesou em aproximadamente R$ 600,00 e nem sequer me deu boa noite ou pediu desculpas pelo incidente que é de responsabilidade do Festival (que emitiu os ingressos com endereço errado) e da Universidade (que não tomou as providências de forma correta). Isso num Festival onde eu paguei uma taxa para apresentar e pago uma porcentagem de 20% da bilheteria. Se não tivesse pago a taxa no banco, rigorosamente no dia determinado, nem estaria participando do evento. Todos foram embora para casa com a sensação de dever cumprido e o público com a sensação de ter sido injustiçado. E eu fiquei sozinho na escadaria da Universidade Federal do Paraná, louco de vontade de colocar uma bola vermelha no meu nariz e cantar “Ria, palhaço!”. Enfim, no grande Festival de Curitiba o que menos interessa é o artista! Pelo menos, parece.



Escrito por Edson Bueno às 11h23

DOIS ESPETÁCULOS DO GRUPO DELÍRIO NO FESTIVAL DE CURITIBA!!!


“KAFKA - ESCREVER É UM SONO MAIS PROFUNDO DO QUE A MORTE”

UMA ESPECULAÇÃO PERIGOSA E IRRESPONSÁVEL SOBRE A INFÂNCIA DE FRANZ... KAFKA!

“Antes de ser adjetivo, Franz Kafka (1883-1924) era um judeu de Praga, nascido na inescapável tradição de fantasiosos contadores de histórias, habitantes do gueto e refugiados eternos.
Praga, na época do nascimento de Kafka, em 1883, ainda fazia parte do império dos Habsburgos na Boêmia, onde coexistiam, para o bem ou para o mal, várias nacionalidades, linguagens e orientações políticas e sociais. Para Kafka, nascido checo e falando alemão, mas na verdade nem checo nem alemão, não era fácil formar uma identidade cultural clara.

Não é preciso dizer que, para um judeu nesse meio, a vida era um delicado equilíbrio. Você se identificava primeiramente com a cultura alemã, mas vivia entre os checos. Falava alemão porque era parecido com o ídiche e era a língua oficial do império. O nacionalismo checo crescia contra a predominância alemã, e os alemães geralmente tratavam os checos com desdém. E, é claro, TODOS odiavam os judeus”.

Este fragmento, extraído do livro “Kafka de Crumb”, faz um panorama simples e veloz do começo da vida daquele que é um dos maiores e mais originais escritores do século XX: Franz Kafka! Autor de verdadeiras obras-primas conhecidíssimas como “O Processo”, “A Metamorfose”, “O Castelo”, “Na Colônia Penal” e “Carta ao Pai”, Kafka teve uma vida confusa, dolorosa e intensa, intelectualmente falando. Seus escritos relataram de forma expressionista, mas de precisão cruelmente cirúrgica, a condição humana diante da autoridade superior inatingível, fosse ela representada pelo governo, pela burocracia, pelo patrão, pelo policial, pela figura paterna ou até mesmo pelos fantasmas habitantes da vida interior. Seus personagens, acompanhando seu próprio sentimento diante da vida, reduziam-se, transformavam-se, decaíam e pereciam diante da doença que, segundo ele, era a própria condição humana. Jean-Paul Sartre chamou-o de existencialista, Albert Camus definiu-o como um teórico do Absurdo. Era uma figura ímpar. Nunca se sentiu pertencente a uma classe ou a uma pátria ou mesmo, à sua própria língua. Nem mesmo se sentiu pertencente à sua família. Seu pai, comerciante severíssimo e imponente, sempre mandou na casa com uma autoridade nada sutil. Em seu livro “Carta ao Pai”, Kafka faz um testemunho pungente de sua relação com ele. Seu pai passou à história como mais um dos personagens do escritor, como uma espécie de personificação macabra de tudo o que, já na juventude, assombrava Franz Kafka : o poder, o castigo e a morte. A vida, segundo a literatura de Kafka, é uma eterna incompreensão e o mundo, uma insensatez.

“Toda a educação assenta nestes dois princípios: primeiro, repelir o assalto fogoso das crianças ignorantes à verdade e depois, iniciar as crianças humilhadas na mentira, de modo insensível e progressivo.”

Como teria sido a infância de Franz Kafka? Como poderia ter sido? Ou melhor, como poderia ter sido uma infância de um Franz Kafka? É desta brincadeira macabra que nasce esse nosso espetáculo. Transformamos o mais famoso escritor do século XX num personagem dele mesmo e jogamos com suas palavras, seu tempo, suas ideias e obsessões. O objetivo? Um sentimento artístico muito puro, mas bem pouco inocente. Um desejo de manipulação subjetiva, quando queremos transformá-lo num personagem dele mesmo e, percorrendo verdades históricas como racismo, preconceito, fascismo, acrescidos de lendas e abismos psicológicos familiares, sugerimos (irresponsavelmente!) que sua imaginação peculiar estava pronta para fazer dele o escritor que foi. Ao mesmo tempo dialogamos com a infância, suas assombrações e suas ansiedades. É muito? Talvez nem tanto, quando ainda usamos e abusamos de seus romances, contos e aforismos para construir uma outra história dele mesmo. Conta-se que, quando Kafka lia trechos de “O Processo” em voz alta para seus amigos, ria incontrolavelmente! Nosso espetáculo não chega a tanto, mas procura seguir os passos de nosso escritor preferido, ao transformá-lo num personagem de ficção, vítima de sua própria literatura. Esperamos que por essa heresia, não venhamos a receber numa manhã qualquer, a visita de policiais que nos levarão a intrínsecos corredores de um julgamento que, fatalmente, nos conduzirá à condenação. Mas se isso vier a acontecer... bem, nada mais kafkiano!

Edson Bueno

DEU NO "MIGUÉ DA MÍDIA" DO MANCHETE POPULAR!!!


"Na ultima semana viu-se numa coluna de jornal local publicando opiniões e frases sobre o ex-prefeito Lísias Tomé entre aspas, quando na realidade tudo indica que a fala entre aspas, citando em terceira pessoa, na verdade é do prórpio colunista. A citação sobre valores da construção do Teatro Municipal seria de um assessor do ex-prefeito. Como o colunista se enquadra nesta categoria, pode ser que o jornalista e o ex-assessor de Lísias sejam a mesma pessoa, uma vez que o nome do declarador das falas não foi citado na nota da coluna"...

QUEM SERÁ O JORNALISTA E EX-ASSESSOR DE LÍSIAS TOMÉ QUE ESCREVE COLUNA EM JORNAL LOCAL???!!!...

CIA ÓPERA SECA NÃO AGRADA AO PÚBLICO!!!


Os atores fazem tudo em Travesties

Parte do público foi embora ontem à noite no intervalo de Travesties, montagem da Companhia de Ópera Seca para o texto de Tom Stoppard com três horas de duração.

O intervalo impagável para uns e bizarro para outros começou quando as cortinas se fecharam e uma mulher carregando um livro pesado surgiram na bancada ao lado do palco. Ela se apresentou como integrante do grupo que estava acompanhando a peça da coxia. “Eu estava agoniada porque não estou entendendo nada”, disse. Tudo parte da brincadeira. Enquanto alguns levantaram e foram aproveitar o intervalo incentivados pela atriz – “Vão, podem ir, eu não vou me ofender”, disse –, várias pessoas permaneceram sentadas a ouvindo ler um texto sobre Karl Marx.

Abordada pela Gazeta do Povo, uma professora da Universidade Federal do Paraná que preferiu não se identificar disse que conhece o texto de Stoppard e que a adaptação da Ópera Seca era “péssima”. Ela fez o comentário e saiu andando rápido como se estivesse ansiosa para se afastar do teatro.

A piada feita pelo próprio grupo não é sem motivo. O texto de Stoppard é uma farsa que abarca uma quantidade grande de referências, de A Importância de Ser Prudente, obra de Oscar Wilde, até a vida de Lênin na Rússia pré-revolução.

Travesties discute o papel da revoluçãoSe a intenção de Stoppard e do diretor Caetano Vilela era discutir, entre outras coisas, o papel do artista na sociedade (e o da revolução nas artes), o raciocínio concatenado pelos personagens não foi dos mais otimistas.

Na “melhor parte do espetáculo”, para usar a expressão de Rodrigo Lopez (o Tristan Tzara da história), os atores interrompem a ação para falar com o público. “Quem é um artista em Curitiba?”, perguntaram. A plateia em silêncio. “Vamos, gente, participem. Quem é um artista em Curitiba? Diogo Portugal?”, brincou.

“Paulo Leminski!”, alguém gritou da público.

“Leminski? Não conheço”, rebateu Lopez/Tzara.

A cenografia tem elementos ousados. Uma biblioteca é simulada por pilhas de livros que pendem do teto amarradas em barbantes e encalhes de jornal (da Gazeta!) servem de assento para Henry Carr (Germano Mello), o homem que vive em Zurique e convive com pessoas de fato – como a bibliotecária e a irmã –, mas parece ter problemas de memória que o colocam frente a frente com personagens célebres da História, como o artista Tristan Tzara (integrante do movimento dadaísta) e o escritor James Joyce (autor de Ulisses ridicularizado um sem-número de vezes pelo texto, aparece como alguém desesperado por algumas moedas).

Como acontece em farsas teatrais, informações importantes são entregues ao público na forma de piadas. Mello encarnava às vezes o comediante John Cleese, do grupo Monty Python. Os atores, sem dúvida, são a melhor coisa de Travesties. Eles parecem capazes de fazer o que quiser no palco.

sábado, 20 de março de 2010

CAETANO VILELA DÁ CONTINUÍDADE À GERALD NA ÓPERA SECA!!!


Caetano Vilela, diretor de Travesties, foi assistente de direção de Thomas na Cia. Ópera Seca, fundada (e abandonada) por Gerald Thomas, (criando juntos espetáculos a "quatro mãos". Assinar a nova montagem pela companhia, para ele, não significa imitar, mas dar continuidade ao trabalho. E o texto escolhido foi determinante para decidir que levaria o nome da Ópera Seca adiante.

"O Gerald acredita que teatro tem que ser autoral, em todos os sentidos. Se fosse Shakespeare, não-subvertido, eu não faria pela companhia. Mas o texto do Sttopard é uma farsa. Trabalhando com a farsa consigo dar a minha cara e a cara da companhia."

Vilela conta que o espetáculos ganhou 40 minutos extras em suas mãos.

"Tom Sttopard é um homem de teatro. A preocupação dele com o texto é que o ator pudesse criar em cima. Ele dá brechas para o jogo teatral o tempo inteiro. Ele quis saber quem ia traduzir o texto porque não poderia ser um tradutor tradicional, tinha que ser do teatro, porque não poderia respeitá-lo. Tem que descobrir o jogo."

O diretor diz ainda que o grupo de atores que reuniu continuará junto, pesquisando, para que um dia chegue a ser um núcleo forte como foi a Ópera Seca no auge com nomes como Maria Alice Vergueiro, Vera Holtz, Damaceno e Beth Coelho.

Para a atriz Fabiana Gugli, remanescente da formação anterios com Thomas, o que o grupo atual busca é menos uma estética do que a "subversao das convenções". Ela descreve:

"O que você está vendo aqui tem por trás uma outra coisa e por trás ainda outra coisa, muitas camadas. A gente trouxe Sttopard através da farsa e da hipocrisia, o teatro como uma máquina que emperra, beckettiana, condenada a não sair do lugar, travestida de sentido."

Sobre a retirada de Gerald Thomas da cena teatral, a atriz opina:

"Essa crise já era anunciada, ele estava bem insatisfeito com suas últimas produções. Espero que seja passageiro, ele acha que será definitivo. Gerald sempre disse que teatro era somente um veículo de expressão, ele se manifesta de várias maneiras artisticamente. Chegou a um momento de esgotamento de seu próprio pensamento."

PARLAPATÕES É A ATRAÇÃO DO FESTIVAL DE CURITIBA!!!


Parlapatões tira padres e freiras do armário em "O Papa e a Bruxa"

Com texto do dramaturgo italiano Dario Fo (Nobel de Literatura de 97) e interpretação dos Parlapatões, a comédia O Papa e a Bruxa (confira o serviço), com última apresentação neste sábado (20) no Festival de Curitiba, é tão engraçada quanto ácida. Com ótimas tiradas, brinca e questiona o poder da Igreja e a manipulação que ela pode fazer usando a fé das pessoas. As flechadas são certeiras: discute o veto à camisinha, a liberalização das drogas, o cebilato, o aborto e a disseminação da aids.

A trama começa com o Papa no Vaticano sofrendo de um problema de coluna que o faz caminhar torto. Seu médico chega para tentar aplacar sua dor e confusão mental. O doutor, porém, não dá conta da tarefa e uma freira se oferece para ajudar. O Papa percebe que a freira tem poderes especiais e, depois de uma série de peripécias, constata que ela é uma curandeira que viveu na África. Ele, descontrolado, estressado e nervosiiiiinho – como se define às gargalhadas da plateia - a expulsa do Vaticano. Tempos depois, a crise de dor só aumenta e o Papa, à paisana, resolve procurar a freira/bruxa para solucionar seu problema.

A encenação é repleta de improvisos e comunicação direta com a platéia - característica dos Parlapatões. O cenário reproduz as ante-salas do Vaticano. Você terá a sensação de que está enxergando como se manifesta o poder dentro da sede da Igreja. Um grande painel representa a Capela Sistina de Michelangelo. A voz de Deus em off é de Antonio Fagundes.

Os questionamentos sobre as ações do Vaticano e da Igreja Católica acontecem durante todo o espetáculo. Preparem-se. Não falta cara de pau ao Sumo Pontífice incorporado pelo comediante Hugo Possolo, também responsável pela direção e adaptação do espetáculo, ao fazer sátiras cortantes sobre os poderosos da Igreja. O texto, aliás, está na medida certa para a realidade brasileira.

Em uma passagem, enquanto ensaia as respostas que dará aos jornalistas de plantão, o pontífice explica que Igreja Católica é contra as pesquisas com células-tronco embrionárias porque "depende dos aleijados para a manutenção das suas caixinhas". Já sobre o veto à camisinha e demais contraceptivos, faz a Igreja reconhecer que o sexo não serve apenas para multiplicar o rebanho de Deus. Para eles, "o celibato cansa de fato".

Sem sombra de dúvida, o espetáculo e precisamente o Papa de Hugo Possolo é uma grande piada. Debocha o tempo todo de uma organização que está por trás de uma etiqueta humanitária. Um Papa doidão faz uma provocação aos nossos valores e bom senso. Ele pergunta: Quem está ganhando com as nossas religiões? "O Papa e a Bruxa" é a prova de que comédia pode ser séria. Aleluia!

sexta-feira, 19 de março de 2010

FESTIVAL PARA TODOS OS GOSTOS!!!


Participação da plateia é destaque na primeira noite do Mish Mash

Performances circenses, piadas e participação da plateia. Estes foram os destaques do primeiro dia do Mish Mash (confira o serviço completo), show de humor e variedades, que estreou na quinta-feira (18) no Festival de Curitiba, e com sessões nesta sexta-feira (19) e sábado (20) no Park Cultural.

Com 15 esquetes, os humoristas Ben Ludmer, Derek Scott e Palhaço Calado, este último com a fundamental participação do público, souberam divertir os presentes. Os artistas Du Circo, ilusionista Mário Kamia, Renato R. e o performático Ricardo Cavadas, com o personagem Stephany di Bourbon, ficaram em segundo plano, com atrações que receberam aplausos mais amenos, porém não menos simpáticos dos curitibanos.


Mish Mash é boa opção para dar risadas neste Festival de Curitiba

Com o início do show, o humorista Ben Ludmer subiu ao palco com a mistura de stand up comedy e magia. Com piadas de humor negro, os truques de mágica entre as falas conseguiram a atenção dos adultos e das crianças. Os pequenos não entenderam as piadas, e fica aqui a dica aos pais, o conteúdo é impróprio.

O canadense Derek Scott, que já foi integrante do Cirque du Soleil, fez piadas sem falar. Apenas com um apito, papel higiênico e expressão corporal, o artista dominou o palco.

Porém, o melhor da noite foi a participação do público quando o Palhaço Calado apareceu. Ele escolheu algumas pessoas da plateia aleatoriamente e criou situações com cordas e luvas de boxe. Um aviso: caso não queira participar, não sente nas cadeiras centrais, prefira assentos laterais. Caso participe, ria e leve tudo na esportiva.

Mesmo com meia hora de atraso, e com altos e baixos nas apresentações, o público aproveitou a noite, que passou rapidamente. Em pouco menos de duas horas, com intervalo de 15 minutos, o Mish Mash é uma boa opção para rir. Vale o ingresso.

ATRIZES DECADENTES NO FESTIVAL DE CURITIBA!!!


'Jurassic Miusicol' estreia no Festival de Curitiba

A peça, que será apresentada até dia 28, conta a história de duas atrizes cinquentonas, que passavam por questionamentos pessoais e profissionais


Um thriller sobre duas veteranas atrizes de teatro que conheceram a fama no passado e que agora vivem um reinado psicótico de terror uma sobre a outra. Esse é o espetáculo 'Jurassic Miusicol' que será apresentado na mostra fringe do Festival de Curitiba e fica em cartaz até o próximo dia 28 com apresentações às 21hs no espaço cultural Era Só O Que Faltava.

'Jurassic Miusicol' é um texto inédito, criado pelo autor Xico Abreu e com co-produção de Adriana Birolli, a partir de uma história real. Inspirado em duas atrizes cinquentonas, amigas, que passavam por questionamentos pessoais e profissionais, a montagem foi concebida criando uma caricatura das atrizes que estão em busca de montar alguma coisa, que nem elas sabem o que é.

Aproveitando esse enredo, contado com bastante ironia e humor, ampliou-se a questão das duas atrizes a todos os que vivem à espera: de respostas, de alguém, de algum momento ou situação.

Intercalando a dramaturgia, o espetáculo é ilustrado com apresentações de números que vão da mágica à dança contemporânea, do clássico ao country.

A peça tem um humor sarcástico e uma divertida dramaticidade trágica encenada por dois jovens atores - Jean Machado e Rodrigo Melgaço -, que trazem ao palco o universo feminino preenchendo o estereótipo com verdade e autenticidade, retratando vidas reais recheadas de emoções humanas e delicadas.


Serviço:

Espetáculo 'Jurassic Miusicol'

Quando: de 17 a 28 de Março de 2010

Horário: 21h

Local: Era Só O Que Faltava (Av. Rep. Argentina, 1.334)

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada p/ estudantes e professores)

Pontos de Venda: Bilheteria central do Festival, www.ingressorapido.com.br e no local

quinta-feira, 18 de março de 2010

A VOLTA DE MÁRIO BORTOLOTTO!!!


O valor da solidão
Mário Bortolotto retorna aos palcos com Música para Ninar Dinossauros, peça que estava em produção quando foi baleado em São Paulo

Foi com "um dedo só, catando milho e com uma dor violenta e constante nas costas" que Mário Bortolotto terminou de escrever o texto de Música para Ninar Dinossauros (confira o serviço da peça), peça que estreia nacionalmente hoje, no Festival de Curitiba. A montagem estava em gestação quando o dramaturgo paranaense foi ferido por tiros durante uma tentativa de assalto na Praça Roosevelt, em São Paulo, no dia 5 de dezembro.

O incidente, diz Bortolotto, não influenciou o destino da peça. “Pelo menos não diretamente”, confessa, em entrevista realizada por e-mail. “Tem sim, um tipo de melancolia brutal que tem a ver com o estado em que eu estava. Um jeito ainda mais descrente de olhar o mundo, mas a poesia sobrevive. Mesmo quando paramos de acreditar, a poesia continua lá, então a gente se permite continuar escrevendo”.

A história, encenada por seu grupo, o Cemitério de Automóveis, questiona a efemeridade das relações conjugais. Põe em xeque, por exemplo, o amor incondicional e sugere explicações várias para o fato de nos aproximarmos – também fisicamente – de outras pessoas. Em outras palavras, Bortolotto valoriza a solidão.

“Acho que as pessoas se juntam porque têm medo da solidão, de acordar no meio da noite e não ver ninguém ao seu lado. Não vejo nada de mais no fato de as pessoas agirem assim. Todos nós temos nossas muletas de sobrevivência. Mas eu gosto muito da solidão. E, quando estou cansado dela, sei onde encontrar companhia”, explica o dramaturgo de 47 anos, também autor de O Natimorto.

São três atores principais em cena, três amigos que rondam os 40 anos e, incapazes de manter relações ditas convencionais com mulheres, procuram garotas de programa. “De um jeito ou de outro, nós dependemos das mulheres pra continuar arrastando nossa velha carcaça bêbada por aí. Somos dependentes crônicos da presença delas”, comenta o autor. Estes mesmos personagens são vistos também 20 anos antes do momento presente – em meio aos anos 1960 e em todas as suas explosões sociais, políticas e culturais. A encruzilhada entre o momento estanque atual e a sensação libertária de duas décadas atrás é o mote principal do texto.

Além do retorno aos palcos e a Curitiba, onde morou por um ano, Bortolotto celebra em forma de parceria criativa sua amizade com o desenhista e escritor Lourenço Mutarelli (O Cheiro do Ralo), que praticamente estreia nos palcos como ator. “A motivação principal é que ele é meu amigo, e só trabalho com amigos. Além disso, é um ótimo ator. Para mim, é uma grande honra contar com ele no elenco”, elogia Bortolotto, que também dirige Paulo de Tharso.

Mesmo com algumas limitações fictícias devido ao incidente – ainda há problemas de movimentação dos braços, por exemplo –, o dramaturgo nascido em Londrina continua trabalhando. “Eu trabalho ainda mais, mas muito mais devagar. Para um texto que eu escrevia em dez minutos, hoje estou levando uma hora”, exemplifica o autor, também integrante da banda Saco de Ratos Blues.

E, além de sua peça em cartaz no Sesc da Esquina, talvez se­­ja possível vê-lo nos palcos em outro tipo de performance. Gosto muito de vir tocar Rock-and-Roll em Curitiba. Espero que a gente consiga lançar em breve o nosso CD por aqui”.

Serviço

Música Para Ninar Dinossauros.

Teatro Sesc da Esquina (R. Visc. do Rio Branco, 969), (41) 3304-2222. Dias 18, 19 e 20, às 21h. R$ 45 e R$ 22,50.

OS IMPAGÁVEIS "OS MELHORES DO MUNDO"!!!


Cia 'Os Melhores do Mundo' apresenta peça em Londrina

As sessões de 'Hermanoteu na Terra de Godah', com o humor peculiar da cia, acontecem no sábado (20) às 21h30 e no domingo (21) às 18hs no Marista


Sucesso de bilheteria 'Hermanoteu na Terra de Godah', da Companhia de Comédia 'Os Melhores do Mundo', desembarca com a turnê 2010 em Londrina neste final de semana, dias 20 e 21 de março, para curtíssima temporada.

As sessões acontecem no sábado (20) às 21h30 e no domingo (21) às 18hs no Teatro Marista. Doses generosas de humor e sátira dão o tom do espetáculo, que traz elenco de primeira linha: Jovane Nunes, Welder Rodrigues, Adriana Nunes, Ricardo Pipo, Adriano Siri e Victor Leal. A montagem conta ainda com a participação do consagrado humorista Chico Anysio, interpretando Deus em textos gravados.

Cada apresentação é como se fosse uma nova peça. Como bons comediantes, os atores seguem o texto, sempre reinventando expressões de acordo com o público que os assiste. A peça se encerra com uma apresentação musical, que segundo os próprios atores da companhia, "gruda na cabeça igual música de Sandy & Júnior": "Hermanoteu na Terra de Godah!/ Hermanoteu!/ Peregrina!/ Peregrina!".


Serviço:

Espetácuo 'Hermanoteu na Terra de Godah'

Quando: dias 20 e 21 (sábado e domingo)

Horários: Sábado – 21h30 / Domingo – 18h

Local: Teatro Marista (R. Christiano Machado, 240)

Tempo do Espetáculo: 1h15

Ingressos: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos e doadores de sangue com carteira comprobatória). Com o bônus da Folha de Londrina, o valor fica R$ 60.

terça-feira, 16 de março de 2010

A EQUIPE DO TEATRO MUNICIPAL DE CAMPO MOURÃO!!!


Neste momento estamos realizando a montagem de cenários e iluminação do espetáculo teatral PLUFT - O FANTASMINHA, que realiza apresentação na noite de hoje no Teatro Municipal de Campo Mourão.

Liderados pelo Diretor do Teatro Municipal Silvio Bilczak, os técnicos Milton Lima, Paulo Marcos, Paulo Henrique e a assessora administrativa Maria de Fátima, a equipe do "municipal" é de uma disponibilidade e boa vontade a toda prova. Sem preguiça os "meninos" são dignos de elogios.

Esperamos que no futuro, quando for "inaugurado" o Teatro Municipal de Cascavel, a administração pública tenha a "sensibilidade" necessária para colocar uma "equipe" competente para administrar e atender as necessidades de uma estrutura grandiosa como a que está em construção.

segunda-feira, 15 de março de 2010

PARA AQUELES QUE CRITICARAM A PRESENÇA DE EDSON BUENO NOS FESTIVAIS DE CASCAVEL!!!


Gralha Azul consagra Edson Bueno e Kafka

O 30.º Troféu Gralha Azul consagrou o trabalho do diretor Edson Bueno em recriar os terrores, vertidos em fábulas, da infância do escritor judeu Franz Kafka, concedendo ao grupo Delírio a premiação em cinco categorias – inclusive a de melhor espetáculo – para a montagem Kafka – Escrever É um Sono Mais Profundo do Que a Morte, que estreou dia 11 de junho do ano passado no Teatro Novelas Curitibanas.

Bueno foi contemplado com os gralhas de melhor diretor, texto e ator coadjuvante. A montagem rendeu ainda a Alfredo Gomes o troféu na categoria adereço, por criações como a mão que sai do bolso do assassino para atormentar a consciência do pequeno escritor – papel de Marcel Gritten.

“Esse prêmio significa que fizemos um bom trabalho e continuamos vivos, fazendo alguma coisa que é importante para os outros”, comemora o diretor.

A cerimônia realizada na noite de quarta-feira (10) elegeu os atores Andrew Noll – pelo papel de Charles Manson no documentário-musical Manson Superstar, da Vigor Mortis – e Simone Magalhães – por Pixaim, peça que chamava a atenção para a invisibilidade do negro brasileiro – como os melhores intérpretes da temporada passada (leia a lista completa de premiados ao lado).

Nova temporada

Kafka volta ao cartaz esta semana, no Fringe, com apresentações em dois espaços: dias 17 e 18 às 20 horas, no Centro Cultural Boqueirão; e de 19 a 23, em horários variados, no Teuni. Depois, cumpre temporada ao longo do mês de maio no Teatro José Maria Santos, e segue viajando pela Caixa Econômica para Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Edson Bueno considera a montagem, de estrutura mais converncional, um “hiato” na trajetória da companhia, que em anos recentes vem experimentando a quebra de convenções teatrais, como a quarta-parede rompida em O Evangelho Segundo São Mateus. “O grupo sabe que tem de buscar outras linguagens, para não ficar estagnado. Trabalho com uma atriz como a Regina Bastos e, ao mesmo tempo, uma gurizada de vinte poucos anos, que tem muita sede de descobrir coisas novas”, diz, planejando seguir no caminho da renovação.

domingo, 14 de março de 2010

MOTORISTA DO ASSASSINO DE GLAUCO SE ENTREGA!!!


Motorista de assassino de Glauco se entrega à polícia
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ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S.Paulo
da Folha Online


Felipe Iasi, 23, o motorista que levou Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, até a casa do cartunista Glauco Vilas Boas, 53, se entregou à polícia na Delegacia Seccional de Osasco (na Grande São Paulo), na tarde deste domingo (14).


Aos policiais, ele disse que foi sequestrado por Cadu, como é conhecido o acusado de matar o cartunista e seu filho Raoni, 25, na madrugada de sexta-feira (12), e ameaçado com uma arma para ir até o local do crime. Cadu teria dito, segundo Iasi, que "precisava esclarecer que era Jesus Cristo".

Conforme o advogado de Iasi, ele não chegou a ouvir os disparos, pois deixou o local antes. Iasi não deverá ficar detido, segundo o delegado da Seccional de Osasco, pois não será pedida sua prisão preventiva.

Em sua página na rede social Orkut, Felipe é amigo de Cadu e está nas mesmas comunidades da rede do acusado de matar Glauco e seu filho. No Orkut, os dois amigos são fãs do bairro Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, do cantor Bob Marley, de festas raves e e estão na comunidade "Eu amo a minha mãe". Logo após a Folha publicar que Iasi se entregou à polícia, a página dele no Orkut saiu do ar.

Caso

O cartunista Glauco Vilas Boas, 53, e de seu filho Raoni, 25, foram mortos a tiros na casa do cartunista, em Osasco (Grande São Paulo), na madrugada de sexta-feira (12).

Segundo as testemunhas, o suspeito chegou ao local e rendeu a enteada de 30 anos, que mora em uma casa no mesmo terreno. Glauco e a mulher Bia ouviram gritos, foram ao quintal, e começaram a conversar com Nunes.

Ele era conhecido da família por já ter frequentado a igreja Céu de Maria, que segue os princípios do Santo Daime e foi fundada por Glauco.

Segundo o relato das testemunhas, Cadu, como era conhecido o estudante, delirava e queria levar todos para a casa de sua mãe, em São Paulo, com o objetivo de afirmarem à mulher que ele era Jesus Cristo. Ele estava armado com uma pistola automática e uma faca.

Glauco tentou negociar com Nunes para ir sozinho, e chegou a ser agredido. De acordo com o delegado Archimedes Veras Júnior, responsável pela investigação, Glauco não reagiu.

No meio da discussão, porém, Raoni chegou ao local de carro. Em seguida, Cadu atirou contra pai e filho, mas os motivos ainda não foram esclarecidos. Os dois chegaram a ser atendidos no hospital, mas não resistiram e morreram.

Enterro

Os corpos do cartunista e de seu filho Raoni foram enterrados na manhã de sábado (13), no cemitério Gethsêmani Anhanguera, zona norte de São Paulo.

A viúva de Glauco, Beatriz Galvão, conhecida como Madrinha Bia na igreja que liderava ao lado do marido, estava inconsolável e abatida, apesar de confortada por amigos. Houve comoção durante a cerimônia, o caixão do cartunista da Folha ficou coberto com um bandeira do Corinthians, e posteriormente com outra do Santo Daime, que contém uma cruz e uma estrela de seis pontas); o caixão de Raoni levava uma bandeira do São Paulo.

Durante toda a cerimônia fúnebre, fiéis daimistas entoaram os cânticos do Santo Daime, especialmente os contidos nos hinários compostos por Glauco.

O cortejo com os corpos chegou ao cemitério às 9h30. O velório começara quase 18 horas antes, na tarde de sexta-feira (12). Ocorreu na igreja Céu de Maria, da qual Glauco é fundador. A igreja ficava ao lado de sua casa e do local em que foram assassinados Glauco e seu filho, Raoni.


Familiares e amigos se despedem do cartunista Glauco e de seu filho Raoni no cemitério Gethsêmani Anhanguera

Disque Denúncia

Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro do estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, suspeito de matar o cartunista Glauco Vilas Boas, 53, e seu filho Raoni, 25, deve alertar as autoridades públicas. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), as informações podem ser fornecidas através do 181, o Disque Denúncia, e terá sigilo absoluto sobre sua identidade. O denunciante ainda pode comparecer à delegacia de polícia mais próxima.

DENUNCIA A RESPEITO DO REGENTE DO CORAL É AVERIGUADA!!!



REMOVIDO A PEDIDO DO DENUNCIANTE.

FELIPE HIRSCH - PARA QUEM ACOMPANHA A ACPT, FOI SUPERVISOR DE WOYZECK!!!


À imagem de quem assiste
Uma semana antes de estrear em São Paulo, a Sutil apresenta ensaios de Cinema, peça conceitual sobre a relação do público com a arte

Sete fileiras de poltronas, interrompidas por um corredor, fazem as vezes de cenário. Foram resgatadas do Cine São José – aquele cujo teto desabou em setembro passado no município paulista de São Roque – e preservam no couro vermelho marcas do tempo. Por uma hora e meia, o público do Teatro da Reitoria se verá diante dessa outra plateia habitada pelos atores da Sutil Companhia, nos quatro ensaios abertos de Cinema que entraram de última hora na programação da Mostra Contemporânea do Festival de Curitiba.

A peça, produzida pelo Sesi-SP, só estreará de fato no dia 26 de março, na capital paulista. Em Curitiba, segundo o diretor, é improvável que haja outra oportunidade de vê-la a não ser nessas apresentações marcadas para os dias 18 e 19 de março, às 19 e 21 horas. “O público vai assistir essencialmente ao que se dará em São Paulo”, promete o diretor. Com a diferença de que, como em qualquer outro ensaio, ele poderá intervir no desenrolar da ação.


Projetos

Além de Não sobre o Amor e Insolação

Não é à toa que Felipe Hirsch chama a atenção para a possibilidade de Cinema não retornar a Curitiba em uma temporada futura. Nos últimos tempos, suas peças só chegam à cidade com grandes dificuldades – e há aquelas que nem chegam. Não sobre o Amor tardou quase dois anos até, enfim, encontrar lugar no Fringe 2010, no Teatro HSBC. A consequência é que foi a primeira peça a ter todas as sessões (inclusive uma extra) esgotadas.

Para Hirsch, é “o espetáculo mais importante da companhia”, por mesclar linguagens do teatro, cinema, artes visuais e literatura. “Isso foi reconhecido. O espetáculo ganhou o Prêmio Bravo! de melhor espetáculo do ano, as críticas tanto no Rio quanto em São Paulo falavam em uma revolução conceitual”, contenta-se o diretor.

Nas apresentações curitibanas, é Simone Spoladore quem contracena com Leonardo Medeiros, no lugar de Arieta Corrêa, que saiu em uma temporada anterior por estar grávida. Hirsch as compara:”Simone é mais delicada, de uma sensibilidade quase inigualável. Arieta é essencialmente uma atriz de teatro, com uma potência muito grande”.

Insolação

Em breve, o público deverá ter acesso (ainda que restrito) também à primeira empreitada de Felipe Hirsch no cinema, dividindo a direção com Daniela Thomas. Insolação, apresentado até agora apenas em festivais como Veneza, Tiradentes e São Paulo, entrará nos circuitos paulista e carioca dia 26 de março. “Acredito que na semana seguinte chegue a outras cidades como Curitiba e Porto Alegre”, diz Hirsch. Serão poucas as cópias, menos de uma dezena.

Hirsch já planeja outro filme – “Esse infelizmente é muito secreto”, justifica, para não dar mais informações. E seus projetos se multiplicam. Em junho, inicia uma nova versão de Pterodáctilos, peça que fez com Marco Nanini e considera das mais importantes de sua carreira. “Quero fazer uma obra punk sobre essa classe AAA”, revela. Também prevê uma nova montagem com a Sutil ainda para este ano. Além disso, a ópera O Barba Azul, Não sobre o Amor e Cinema farão temporadas no Rio de janeiro, enquanto Avenida Dropsie vai ao Festival de Bogotá, na Colômbia. Viver sem Tempos Mortos, monólogo com Fernanda Montenegro, só deve vir a Curitiba em 2011. (LR)
Identificação

Cinema não é, em absoluto, uma homenagem à sétima arte, enfatizou Hirsch durante a conversa com a reportagem da Gazeta do Povo, realizada no Espaço Cênico – sede onde sua companhia se internou para ensaios de 14 horas diárias desde dezembro. Antes, trata-se de uma obra interessada na maneira como as pessoas se relacionam com a arte em geral. “É um espetáculo sobre identificação, como você vê e escolhe o que ver. Nós somos a imagem de quem assiste, nós somos o cinema.”

Logo que lançou seu primeiro filme, Insolação, no circuito de festivais de cinema, Hirsch despertou para uma realidade em que todos são potenciais críticos, seja em blogs, nos 140 toques do Twitter ou mesmo em um espaço legitimado na mídia. “Vi O Globo eleger uma pessoa da rua para ser o crítico. É uma tendência um pouco estúpida. Um jornal com a história d’ O Globo tem que saber o que é uma crítica séria, técnica, culta, e o que é uma opinião, um achismo. Fiquei questionando isso”, conta.

Outro momento definidor para o projeto se deu quando Hirsch estava em Dublin, na Irlanda, e lia pela primeira vez um ensaio fundamental de Oscar Wilde: “O Crítico Enquanto Artista”, do qual retirou a noção de que todos precisam “aprender a ver”.

Cinema é ainda um desdobramento de uma das cena de um espetáculo anterior da companhia, A Educação Sentimental do Vampiro – que não chegou a ser apresentado em Curitiba. Entre os contos de Dalton Trevisan que alimentavam aquela montagem, havia “Onde Estão os Natais de Antanho”, ambientado em uma sala de projeção. Por uma narração, contava-se a história de alguém que supera a depressão em uma sala vagabunda de cinema de rua. “O Antunes Filho, gosta muito dessa cena. E de alguma maneira me empolgou a levá-la à frente.”

Hirsch uniu essas pontas em uma peça que se vale de poucas palavras e muitos “estados emocionais”, estimulados ao longo dos ensaios por mais de 40 sessões de projeção de filmes. Desde títulos clássicos como Asas do Desejo, de Wim Wenders, 8 e ½, do Fellini e O Desprezo, de Godard, a raros, como o drama The Crowd (King Vidor, 1928), ao qual o brasileiro assistiu pouco tempo atrás, apresentado em Nova York por Matin Scorsese – e do qual conseguiu uma cópia. “Foi um processo de sensibilização mesmo. Selecionamos filmes em que o ato de ver seria estimulado – no sentido racional, intelectual, emocional, sensorial.”

Outra etapa nesse seu processo de criação imersivo envolveu jogos. Hirsch pedia, por exemplo, uma proposta de como transformar a sala de cinema em “outro lugar”, pelo acúmulo de emoção. Os atores respondiam com sugestões e o diretor intervinha mais uma vez, retirando do contexto o que lhe interessava – deslocava uma mulher sozinha, por exemplo, para outra situação. “Vimos mais de 600 exercícios e fui colocando tudo num trilho emocional, formando a nossa atmosfera.”

A Sutil renovou o elenco em uma seleção que começou com 1,5 mil inscritos (de Curitiba e São Paulo), até chegar a 15 atores e cinco profissionais de produção e criação técnica. O que Hirsch mais buscava nesses candidados era “sensibilidade”. Passada a fase de internamento, o diretor se diz feliz como grupo que reuniu.

“Isso é um símbolo do que eu mais quero para o futuro da arte neste país: que esses jovens repensem a mesquinharia”, diz o diretor. Por “mesquinharia”, ele se refere ao “ato de ver com a alma fechada”. Sua investida com Cinema é, enfim, contra uma vulgarização opiniativa da arte, que impeça de percebê-la em sua essência. “A arte é um lugar emocional, cheio de humor, amor, paixões. Capaz de unir as pessoas, não desunir.”

Nesse caminho, que reconhece ser experimental, Hirsch diz não temer o desconhecido nem se preocupar se “vai dar certo ou não”. “Não quero apostar só nas coisas que eu sei. Se eu estou exigindo uma maturidade crítica de quem faz arte ou teatro comigo, também tenho que exigir de mim.”

sexta-feira, 12 de março de 2010

ESSE EDSON BUENO NAO E FACIL!!!


Gralha Azul anuncia vencedores da 30ª edição

'Kafka – Escrever é Um Sono Mais Profundo do Que a Morte', obteve o maior número de indicações, levou o prêmio de Melhor Espetáculo e de mais quatro


A 30ª Edição do Troféu Gralha Azul premiou 10 dos 12 espetáculos indicados às 19 categorias da premiação. "Kafka – Escrever é Um Sono Mais Profundo do Que a Morte", que obteve o maior número de indicações, levou o prêmio de Melhor Espetáculo e de mais quatro das 9 categorias a que estava indicado.

"Otelo", da companhia Danilo Avelleda Espetáculos Teatrais, o outro concorrente a melhor espetáculo, foi o segundo em número de indicações e levou os prêmios de Melhor Figurino e Melhor Maquiagem.

Na já tradicional reunião da Classe Teatral, que acontece todos os anos no Guairinha, era indisfarçável o clima de expectativa em torno da premiação do Troféu Gralha Azul.

Para quem iriam as cobiçadas estatuetas distribuídas pelas 19 categorias contempladas pelo Troféu? Na festa comandada por Bia Reiner e Cleverson Cavalheiro, artistas, técnicos e produtores, além de aficionados da arte teatral disputaram os mais de 500 lugares do Auditório Salvador de Ferrante.

Nesta 30ª edição, à qual concorreram 62 espetáculos, foram indicados para a receber o troféu 12 dos inscritos, nas dezenove categorias que compõem a premiação.

O vencedor - "Kafka – Escrever É Um Sono Mais Profundo do que a Morte", do Grupo Delírio Cia de Teatro, foi escolhido pelo júri como o Melhor Espetáculo, recebendo além do Troféu Gralha Azul, o Troféu Epidauro, concedido pelo Consulado da Grécia entre os espetáculos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, através do Cônsul Honorário Professor Constantino Comininos.

Edson Bueno foi o vencedor nas categorias de melhor direção, melhor texto original ou adaptado e melhor ator coadjuvante pelo espetáculo, que ainda levou o prêmio de melhor adereço (Alfredo Gomes).

Andrew Knoll venceu na categoria de melhor ator por "Manson Superstar" e Simone Magalhães na de melhor atriz por "Pixaim". "Esmeralda, Risos e Lágrimas" deu a Geisa Costa o prêmio de melhor atriz coadjuvante. Waldo Leon, que já havia vencido na categoria em 2008, ficou com o prêmio de melhor iluminação pelo espetáculo "Jornal da Guerra Contra os Taedos" que valeu a Márcio Mattana o prêmio de melhor sonoplastia.

"Otelo, As Faces do Ciúme"", foi o vencedor nas categorias de melhor figurino, com Ricardo Garanhani, e melhor maquiagem, com Marcelino Miranda. Paulinho Maia, que já recebeu vários prêmios em diversas categorias, foi o vencedor como cenógrafo pelo espetáculo "Romeu e Julieta". Livien Ulman e Luiz Lopes receberam o prêmio de revelação pela maquiagem de "A Fábula do Vento Sul".

"Branca de Neve e os Sete Anões", dirigido por João Luiz Fiani, numa produção da Cia Máscaras de Teatro, foi considerado pelo júri o melhor espetáculo para crianças. O prêmio de melhor direção de espetáculo para crianças coube a Humberto Gomes por "A Fábula do Vento Sul".

Já "Encantos Ciganos", da Associação de Preservação da Cultura Cigana foi escolhido como Melhor Espetáculo Saltimbanco. Além das premiações votadas pelo júri, foi agraciada a costureira teatral Isvaldete Matias de Oliveira, como Técnico do Ano, e a atriz e produtora Regina Vogue recebeu o Prêmio Especial em homenagem aos 50 anos de trabalho no teatro do Paraná. Para o Prêmio Especial e Técnico do Ano, a escolha cabe à classe teatral em assembleia geral conjunta e aberta das entidades co-promotoras do Troféu Gralha Azul.

SURPRESA: O CARTUNISTA GLAUCO ERA PARANAENSE!!!


Glauco foi ser humano admirável, diz diretor de Redação da Folha
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da Folha Online

O cartunista Glauco Vilas Boas, 53, assassinado na madrugada desta sexta-feira em Osasco (Grande São Paulo), "foi um grande artista e um ser humano admirável", afirma Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha, em nota.

"Glauco foi um grande artista e um ser humano admirável. Sua obra ficará na memória das gerações que amaram seus desenhos e no traço dos muitos artistas jovens que sua imaginação influenciou. Era uma pessoa que tinha a doçura de uma criança e a serenidade de um sábio. Sua morte e a de seu filho Raoni são motivo de profunda tristeza, especialmente na Folha, casa profissional do cartunista há mais de três décadas."

Glauco e seu filho Raoni, 25, foram baleados por criminosos armados, nesta sexta-feira. A polícia procura os suspeitos.

Carreira

Nascido em Jandaia do Sul, interior do Paraná, Glauco começou a publicar suas tirinhas no "Diário da Manhã", de Ribeirão Preto, no começo dos anos 70.

Nos anos de 1977 e 78, Glauco foi premiado durante o 4º e o 5º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, respectivamente.

Em 1977, ele começou a publicar seus trabalhos na Folha de maneira esporádica. A partir de 1985, Glauco passou a publicar suas tiras regularmente no jornal.

Entre seus personagens estão Geraldão, Cacique Jaraguá, Nojinsk, Dona Marta, Zé do Apocalipse, Doy Jorge, Ficadinha, Netão e Edmar Bregman, entre outros.

Em 2006, ele lançou o livro "Política Zero", reunião de 64 charges políticas sobre o Governo Lula publicadas na página 2 da Folha.

Glauco também era líder da igreja Céu de Maria, ligada ao Santo Daime e que usa a bebida feita de cipó para fins religiosos.