sábado, 25 de abril de 2009

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO TEATRO MUNICIPAL!

A presente opinião tem como principal objetivo esclarecer alguns aspectos da obra "polêmica" (que se tornou) do Teatro Municipal de Cascavel.

Na bem da verdade é preciso reconhecer os méritos ao ex-Secretário da Cultura Luiz Ernesto Pereira, que foi um dos idealizadores da obra.

Iniciando históricamente o Teatro Municipal de Cascavel, tornou-se "projeto" (no papel), em 1991. Um concurso realizado pela Prefeitura determinou que o projeto da NBC - Nástas, Bertoluci e Círico Arquitetura - ganhou o direito de colocar no papel o projeto. Porém já teve um inicio conturbado, pois algumas ponderações técnicas deveriam ser analisadas por pessoas da área. Lembro-me claramente de duas pessoas que juntamente comigo passamos a fazer uma análise criteriosa do projeto: A bailarina e coreógrafa Dejane Marchese e o único ator com DRT (registro profissional) na época Eluzir Sampaio. Demos nosso parecer e algumas mudanças foram realizadas. Enfim o PROJETO DO TEATRO MUNICIPAL estava pronto. Claro que a fase do projeto foi menos tortuosa que as seguintes.

Da mesma forma que elogiei Luiz Ernesto, tenho que criticá-lo, pois o mesmo entusiasta, fomentador, criador e incentivador da obra, ao tornar-se SECRETÁRIO DE ESTADO DO ESPORTE E TURISMO, e seu irmão Mário Pereira GOVERNADOR (1.994), não traz para Cascavel sequer uma "van" que dirá recursos para obra do Municipal. O sonho do Teatro Municipal começava a desmoronar, pois tendo um Governador cascavelense e o principal idealizador ao seu lado, dificilmente esse momento se repetiria...

Salazar torna-se prefeito pela segunda vez em Cascavel no ano de 1.997, o retorno de Ernesto, mesmo com todos seu problemas de tino administrativo é natural, pois o mesmo conquista uma cadeira de vereador e a deixa para assumir o controle da Cultura local e tentar colocar em prática aquilo que não havia conseguido anteriormente. Os sonhos e devaneios do "eterno-secretário" aumentam numa proporção fantástica. O "visionário" acreditava que além do Teatro Municipal, poderiamos ter uma "Rua 24 Horas" (que nem em Curitiba deu certo), um restaurante italiano, uma choperia, livrarias e uma Torre onde poderia ver toda a cidade... Particularmente acharia isso maravilhoso, mas já imaginaram o que o Edgar iria fazer com tudo isso???

Bom, Luiz Ernesto, do seu maravilhoso sonho conseguiu apenas o dinheiro do Governo Federal (R$ 97.000,00) para as "fundações" da obra...

Acabou a era "ernestiana" e tivemos o "desprazer" de termos a era "marassiana". Acredito eu que só mesmo a atual administração cultural de Cascavel, poderá superar o "marasmo" cultural que tivemos com o ex-Secretário da Cultura Eduardo Marassi. Fiz parte da equipe durante 18 meses, e lembro as reuniões onde o Secretário "contava" o número de finais de semana e feriados que teria "livre" para poder estar em sua casa nas Marinas de Boa Vista. Deveria esquecer essa fase, entretanto é bom lembrar que o prefeito da época é o mesmo de agora, e justamente naquele momento (2001), foram paralisadas as obras do Teatro.

Capitulo a Parte merece a construtora Cima, que ao perder a licitação de 2000 por falta de acervo "acústico" entrou com recurso. Isso bastou para Edgar na sua primeira gestão, paralisar as obras e defender seu principal investidor politico Genor Cima. Posterior a isso e muito recente vimos essa mesma construtora (Cima), ganhar a licitação da Obra e abandonando em seguida. Para os mais entendidos seria uma tentativa de Edgar fragilizar o governo Lísias na época, e não deixar o mesmo captar dividendos da obra.

Ainda nesse tempo uma visita mostrou um fato interessante. Em meados de 2001 a Secretária de Estado da Cultura (na época) Mônica Richinbiter, esteve em Cascavel - especificamente no Hotel Devile - e anunciou um recurso de R$ 2.5000.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais), para investimentos na Obra. E para decepção geral o que vimos foi o contrário, uma luta constante de Edgar e Marassi, para que a construção não fosse efetivada, pois a obra seria uma forte lembrança de seu pior adversário Salazar.

ONDE ESTAVA O PMDB???

O "Manda Brasa" acompanhou isso de uma forma muito clara: O Deputado Federal Hermes "Frangão" Parcianello, destinou recursos para a construção do Centro de Eventos e o "pseudo" Teatro Emir Sfair. Marcos Formighieri consolida o Polo-Cinematográfico de Cascavel tornando-o Lei estadual... Entretanto uma reunião no Sítio do Canguri, foi fundamental para consolidar e viabilizar a obra tão sonhada.

A REUNIÃO.

Marcado para o dia l6 de dezembro de 2005, um jantar entre a cúpula do PMDB de Cascavel e o Governador Roberto Requião, desloquei-me de Guaratuba (onde passava férias), para encontrar no Canguri o Marcos Formighieri, Walter Parcianello, Julio Cesar Leme da Silva, Felipe Laginski e Egidia Covatti. Esse era o povo de Cascavel. Já o "povo" de Curitiba era composto por Roberto Requião, Boto de Lacerda e a simpática Maristela Requião. No cardápio: petiscos de rã de entrada e paeja (frutos do mar) e camarão pistola. É ou não de se sentir bem??? O contrário o cardápio é uma lembrança "irônica" da tensão que ficou em seguida.

O ESTILO REQUIÃO.

O objetivo claro daquela executiva (PMDB - Cascavel), era conquistar obras e dividendos politicos para uma futura eleição. A reunião que começou de forma aprazivel desandou na meu primeiro questionamento a respeito do Aeroporto Regional...
Creio que ninguém (talvés poucos), têm a dimensão do ódio de Requião pelo assunto. Engulimos o Requião, sem deixar de argurmentarmos. Percebi que neste momento o assunto "Teatro Municipal" amenizaria a situação e seria uma conquista mais "fácil" que o Aeroporto. Ledo engano. Quando falei em construir o Teatro Municipal a resposta foi: "Você é meu companheiro de partido e vem na minha casa para me colocar contra a parede". Entretanto neste momento conquistamos uma aliada muito forte e que pouco é lembrada. A interferência de Maristela Requião, foi fundamental para a conquista de recursos para obra. Além de todas as minhas alegações: produção cultural de qualidade, festivais, universidades, localização geográfica... Maristela alegou: "se Toledo tem, porque Cascavel não pode ter"...

Nesta reunião muitas outras coisas foram abordadas, inclusive HU, Sisop, Educandário, Creches, Centro de Ressocialização... Obras que hoje são realidade, e que poucos sabem quem levantou estas bandeiras. Como também é pouco lembrado que a dupicação de Cascavel-Toledo, também é uma conquista do PMDB de Cascavel...

Este editorial conta uma história que poucos divulgam, mas quem esteve envolvido no processo, e aqueles que admiram a obra sabem que se hoje 60% do Teatro está pronto, deve-se principalmente ao PMDB de Cascavel.

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