sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CURITIBA COPIA SÃO PAULO... CASCAVEL NÃO FAZ E NÃO COPIA!!!


Virada Cultural curitibana
Evento acontece em novembro e tem Pato Fu e Paulinho da Viola como atrações principais

O prefeito Luciano Ducci aprovou ontem pela manhã o projeto Virada Cultural, que acontece em Curitiba no dia 6 de novembro. Proposto pela vereadora Renata Bueno (PPS), com a colaboração do vereador Caíque Ferrante (PRP), o evento, realizado em parceria com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), traz Paulinho da Viola e Pato Fu como principais atrações e tem a intenção de movimentar culturalmente a cidade por sete dias. Além da virada propriamente dita – do meio-dia do dia 6 ao meio-dia do dia 7 –, um “rabicho”, como está sendo chamado, levará atrações culturais a bares e espaços diversos durante a semana seguinte.

“Vamos ter 33 artistas, bandas e orquestras pra todo gosto, como Paulinho da Viola, Pato Fu, Arrigo Barnabé, Hermeto Pascoal.Vai ser uma grande festa”, escreveu o prefeito em sua página do serviço de microblog Twitter.

Paulinho da Viola (foto): violonista se apresenta em Curitiba no dia 6 de novembro.

Know-how
Experiência de São Paulo como suporte

Quem participou das conversas e discussões anteriores à aprovação da Virada Cultural que acontece em Curitiba em novembro, foi Zé Mauro, diretor executivo da Virada Cultural paulistana. “Ele nos deu suporte. Tivemos várias conversas e reuniões para chegar a um melhor formato para o evento na cidade”, conta a vereadora Renata Bueno (PPS).

Um dos pontos mais discutidos foi a questão da violência, que tende a aumentar quando há aglomeração de pessoas. Ano passado, em São Paulo, um jovem foi morto a facadas durante a Virada Cultural. “Ele deixou claro que é necessário uma organização para prever incidentes, mas também provou que nos dias de Virada, o número de ocorrências diminui muito”, diz a vereadora. “A nossa preocupação principal é que as famílias curitibanas possam sair às ruas sem preocupação”. (CC)

Em números
De onde vem o dinheiro

R$ 1,25 milhão é o orçamento total previsto para a Virada Cultural em Curitiba

R$ 450 mil foi a verba destinada pela vereadora Renata Bueno (PPS). O valor é referente ao orçamento de 2009 e provém da LOA (Lei Orçamentária Anual).

R$ 50 mil foi a verba destinada pelo vereador Caíque Ferrante (PRP)

FCC e outras entidades como o Sesi complementam o orçamento.
A ideia, explica a vereadora, é inspirada nas chamadas “Noites Brancas”, eventos que agitam grandes cidades europeias com shows gratuitos em espaços públicos. “Frequentei esses eventos quando morei na Itália e trouxe essa proposta para cá. Entrei em contato com a Fundação Cultural e vi que eles também pensavam em algo assim. Então unimos o útil ao agradável”, diz. Uma pseudovirada cultural aconteceu no dia 8 de maio deste ano, quando a FCC realizou o Curitiba 12 Horas e levou bandas – Os Mutantes entre elas – ao Bairro Novo e ao Cajuru. Na ocasião, cerca de 2.500 pessoas prestigiaram a apresentação da antigo grupo de Rita Lee no Parque do Semeador. Uma semana antes de a Virada Cultural curitibana acontecer de fato, uma “prévia” terá lugar nas nove regionais de Curitiba “para preparar a população”, como explica a vereadora.

Renata Bueno destinou verba de R$ 450 mil, do seu orçamento anual, para a realização do projeto. O vereador Caique Ferrante irá contribuir com R$ 50 mil. O Fundo Municipal de Cultura e outros apoiadores irão completar o orçamento, previsto em R$ 1,25 milhão.

Palcos

A Virada Cultural curitibana terá dois palcos principais, no Centro da cidade. O Paço da Liberdade e as Ruínas do São Francisco concentrarão o maior número de atrações, enquanto 33 espaços, públicos e privados, já selecionados por editais, abrigarão outros eventos de diversas áreas artísticas. “Cada local montou sua programação. Haverá atrações em lugares diversos, mas principalmente no centro da cidade”, explica Renata.

Caíque Ferrante reforça a ideia de “sacudir” Curitiba tendo a cultura como carro-chefe. “Nossa cidade sempre foi culturalmente rica. Nossa intenção é que isso se intensifique com o evento que, ao contrário do que ocorre em São Paulo, irá prosseguir por mais uma semana”, diz o vereador, que confessa não ser otimista em relação ao público participante. “É a primeira vez. Por isso mesmo estamos propondo essa ‘pré-virada’”, diz Fer­­rante. A primeira Vi­­ra­­da Cul­­tural de São Paulo, em 2005, levou cerca de 20 mil pessoas às ruas da capital paulista. A edição do ano passado contou com 400 mil participantes.

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