domingo, 21 de junho de 2009

ESPETÁCULO DO COLÉGIO WILSON JOFFRE NO FICA.


XXI FESTIVAL DE TEATRO DE CASCAVEL
ANÁLISE
GRUPO: Colégio Wilson Joffre
ESPETÁCULO: Contos e Contos
DIREÇÃO: Tico Quadra

Que grande satisfação ver um elenco jovem, com garra, disposição e disponibilidade para se aventurar nos meandros das artes, em especial do teatro. Que bom ver uma galera de várias idades e vontades subir ao palco e se comunicar com uma platéia ávida de receber coisas boas. Isso é o que acontece com o grupo e a peça Contos e Contos, do Colégio Wilson Joffre, elenco composto por jovens meninas belas e encantadoras e um garoto idem. Tudo é muito gostoso de se assistir, a presença nos marca e nos remete ao mesmo tempo ao encantamento mesclado com novas descobertas que possibilitam um crescimento pessoal. A peça com a pureza do elenco cumpre e muito bem o seu papel, consegue atingir seus objetivos que é contar uma história, somada em três pequenas histórias que, apesar de não se inter-ligarem, se complementam pela proposta. Ressalvas se fazem quando o diretor interfere com opções pessoais acima da proposta e é aí que mora o perigo quando o gosto pessoal desinformado passa a ser maior que a obra e que o elenco, aí a coisa desanda, por exemplo, quando incluí no final do conto do Veríssimo, “O Nariz”, a música “Balada de um Louco” ele mata a essência do texto que é justamente a pessoa ser punida pelo meio em que vive simplesmente por ser fiel às suas “Convicções”, aos seus “Princípios”; quando não percebe que no segundo conto a voz anasalada interpretada pela jovem atriz é engraçada, mas não ajuda a contar a história e o seu passear de um lado para outro do palco não define o ambiente, ou será que a platéia teria que definir quem era a personagem pelo seu figurino guarda-pó? E finalmente quando erra a mão na escolha da música no final do último conto “Casinha de Bonecas”, o que pode justificar o uso da música tema de “Fantasma da ópera” naquele momento? Quebrou-se a magia, o encanto, a sutileza, a pureza, a delicadeza, a ingenuidade, a beleza de ver aquelas maravilhosas meninas-bonecas lindamente pautadas por belas cantigas infantis e seus figurinos escolhidos à beira da perfeição. O que justifica? Somente a falta de maturidade e humildade artística do diretor Tico Quadra poderia justificar que o seu gosto pessoal pode e deve ser maior que a obra proposta. É isso!

Luiz Varini

Nenhum comentário:

Postar um comentário