domingo, 2 de agosto de 2009

RESPOSTA À SECRETÁRIA DE CULTURA DE CASCAVEL, JUDETE BILIBIO, DE ANDRÉS CASTILLO VILDÓSOLA.


REFERENTE ÀS MATÉRIAS EVIDÊNCIAS DE UMA CULTURA DESIQUILIBRADA E A CULTURA DO ENTRE MORTOS E FERIDOS, PUBLICADAS NA EDIÇÃO 75 DO GAZETA ALT.

Quando da realização da exposição PARALISIAS, e solicitado a mim que fizesse o texto de abertura, não estava seguro de que poderia escrevê-lo porque o tempo naquele momento era muito curto(menos de 24 horas originalmente). De fato, o texto em si não surgeria sem que minha esposa insistisse. Esta negação inicial e reticência a escrever decorrem um pouco do fato de eu mesmo ter pedido 'a conta' como associado da AAPLAC (Associação dos Artistas Plásticos de Cascavel), o que nem vem ao caso agora.

O texto de PARALISIAS não é só "uma obra-de-arte, né"; o texto em questão faz parte da mostra de arte contemporânea na qual os artistas aderiram a um tema em particular (neste caso a situação atual da cultura na cidade e de como se pensa na atualidade, produto de ineficiências anteriores), assim, o texto teórico se faz de transmissor de idéias e de nota introdutória a quem assiste pela primeira vez a exposição.

Este "indivíduo", "rapaz", "moço", "estranho", "estrangeiro", como em várias oportunidades tem perguntado a uma quantidade determinada de pessoas (acho mais direito Andrés, o "chileno", como já falaram outros secretários num tom mais coloquial), refere-se a minha pessoa, e estou disposto a dar a cara de igual, e sem rodeios. Você não acha que a melhor forma de ter conhecimento do que se passa pela minha cabeças é vir direto à fonte e não com bate-papos 'secundários'?

Considero urgente defender os artistas Luiz Carlos Brugnera e Nelson Josefi, que fizeram o possível dentro de suas condições como funcionários públicos. Considero covardia e falta de profissionalismo fazer um comentário se utilizando a cada momento de um triste evento pessoal, afinal de contas é passado (ou você acha que é primeira pessoa a perder um filho?). Usá-lo como desculpa no momento em que alguém difere do seu parecer, com o peso da sua condição como secretária de cultura, é evidência de despreparo mediático e faz da sua atual posição mera maquiagem política.

Se o que você requer são fatos que comprovem os esforços por estes dois artistas, primeiro deve lembrar o que é exatamente um assessor. Segundo o dicionário da língua portuguesa. assessor é a 'Pessoa que tem como função profissional auxiliar um cargo superior nas suas funções'. Isto significa que eles não eram aparatos executores na época, se fosse assim o monumento da praça da Bíblia estaria neste momento construído (aproveito para lembrar que o projeto está aprovado e é hora de começar), sem contar as inúmeras obras públicas que tentaram gerir.

Sei que por enquanto você não me conhece, mais assim como minhas palavras (ou letras, se prefere), estaremos em contato. Francamente, vou deixar de me conter, como fiz na vez anterior com o texto da exposição PARALISIAS (sim, o texto da mostra está leve, porque considerei editá-lo antes de publicar, sendo benevolente e pensando que esta nova administração merecia o 'benefício da dúvida').

Aproveito para informar a senhoria que minha 'situação' com o consulado e com outras pessoas é de completa legalidade.

Andrés Castillo Vildósola - Artista e curador independente, associado da ACA (Artes Contemporâneas Asociadas, Chile) e da Laalvaca (Gestores Culturais, México). artesemcascavel.blogspot.com

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