domingo, 2 de maio de 2010

ATRIZ PARANAENSE ACUMULA TRABALHOS DEPOIS DE "ESTÔMAGO"!!!


Carreira intensa nas telas
Depois de Estômago, a carreira cinematográfica de Fabiula Nascimento deslanchou. Com três outros filmes prontos e gravando um quarto, a atriz curitibana reaparece na telona em Não se Pode Viver sem Amor, novo longa do diretor Jorge Durán

Desde que estreou no cinema em 2007 como Íria, o principal papel feminino do filme Estômago, Fa­­biula Nascimento não mais foi vista na tela grande. A não ser em uma participação especial no outro longa-metragem do diretor Marcos Jorge, Corpos Celestes, apresentado em festivais mas que não chegou ao circuito comercial. Isso não significa, porém, que a carreira cinematográfica da atriz curitibana tenha parado. Ao contrário. Nos últimos anos, ela atuou em outros cinco filmes ainda inéditos nas salas de exibição do país, que começam a aparecer agora.

O primeiro é Ninguém se Pode Viver sem Amor, do chileno Jorge Durán, diretor de É Proibido Proibir. Apresentado na Mostra Competitiva do 14º Cine PE Festival do Audiovisual, na última sexta-feira, o filme deve ser lançado pela distribuidora Pandora no segundo semestre deste ano. Para a mesma época, espera-se a estreia de O Doce Veneno do Escorpião, de Marcus Baldini, no qual Fa­­biula interpreta uma das garotas do clube privê onde Bruna Surfistinha (Deborah Secco) trabalhava.

Carreira
Acompanhe o trabalho da atriz curitibana Fabiula Nascimento no cinema, na televisão e nos palcos

Filmografia

Estômago (2007), de Marcos Jorge.

Corpos Celestes (2009), de Marcos Jorge.

Não se Pode Viver sem Amor (2010), de Jorge Durán.

O Doce Veneno do Escorpião, de Marcus Baldini. Previsão de lançamento: fim de 2010.

Reflexões de um Liquidificador, de André Klotzel. Pronto, ainda sem previsão de lançamento.

A Guerra dos Vizinhos, de Rubens Xavier. Pronto, ainda sem previsão de lançamento.

No momento, Fabiula está trabalhando com o diretor João Jardim. O filme ainda não tem título definido.

Tevê

Depois de gravar a série Força-Tarefa, a atriz vai começar um novo projeto na Globo, com o ator Bruno Mazeo, chamado Tudo Junto Misturado.

Teatro

A temporada de De Graça, Mas Tem Que Pagar, peça que fazia ao lado de Katiuscia Canoro, terminou. Agora Fabiula se prepara para estrear em maio Enfim, Nós, com o ator Marcos Melhem.

Passado

Em Não se Pode Viver sem Amor, a personagem de Fabíula é uma dançarina de boate com um passado complicado: foi viciada em álcool e guarda um segredo que está vindo à tona. Na véspera do Natal, ela se depara com outras figuras igualmente perdidas, vividas por Simone Spoladore, Angelo Antônio e Cauã Reymond – que interpreta seu par romântico, João. “Ela o vê como um menino, sem emprego certo, sabe que aquilo não tem futuro”, comenta a atriz.

Fabiula não se mostra exatamente satisfeita com seu trabalho no filme, mas em Estômago, segundo ela, não foi diferente. “Nas primeiras dez exibições, nunca gosto. Depois começo a enxergar beleza naquilo”, diz. E explica: ”Só vamos ver o filme um ano depois, já sou outra pessoa, não faria mais daquele jeito, e a edição conta muito. Então tem de ser um trabalho de desapego. É diferente do teatro, em que todo dia se pode melhorar.”

As gravações aconteceram no Rio de Janeiro, onde Fabiula tem passado a maior parte do seu tempo nos últimos três anos. A cidade que ambienta o filme, porém, não é a do cartão-postal. “É um outra Rio de Janeiro, do Centro e da Zona Norte, de gente que não vai à praia, trabalha. O filme mostra como a cidade pode acabar com as pessoas”, diz a curitibana, ainda em processo de adaptação à capital fluminense. Ela conta que se incomoda principalmente com a falta de educação e higiene por lá. “Cresci separando o lixo que não é lixo”, compara.

Coxinha

O convite para o filme de Jorge Durán veio como consequência da visibilidade alcançada em Estômago. Aliás, pode-se dizer que foi a “cena da coxinha” a definidora do momento da virada na carreira da atriz, que lhe abriria a porta para os sets de filmagem.

Até então, Fabiula era uma desconhecida fora do circuito teatral curitibano, onde estreou participando de montagens in­­fan­­tis no Espaço da Criança, em 1996, depois trabalhou com Mau­­rício Vogue (A Revolução dos Livros, Aladim) e Edson Bueno (Xistu, o Menino do Dedo Verde), e fez um show-solo de humor no Jokers, o Cinta-Liga.

Pois a atriz estava em cartaz com a peça Mulheres, no Mini-Guaíra, quando Marcos Jorge se sentou na plateia para vê-la e a chamou para fazer um teste para Estômago. Fabiula encarou a cena em que a prostituta gulosa conhece Raimundo Nonato, o personagem de João Miguel: ela entra no bar mequetrefe onde ele frita coxinhas, experimenta o salgado e gosta tanto que passa a frequentar o balcão e a cama do cozinheiro. Ganhou a personagem, e sua estreia no cinema não poderia ter sido mais feliz. O filme colecionou prêmios no Festival do Rio e no exterior, inclusive o de melhor atriz, em Portugal.

“Estômago mudou a minha vida”, diz, sem exagero. “Me deu acesso ao cinema, que eu achava que morreria sem fazer, me abriu o mundo.”

Enquanto aproveitava o espaço recém-conquistado nos sets de filmagem, Fabiula abraçou uma vaga na tevê, como a namorada do personagem de Murilo Benício na série policial Força-Tarefa. Com todos os episódios desta temporada já gravados, ela investe em um novo projeto na Globo: Tudo Junto Misturado, que fará com Bruno Mazeo no segundo semestre.

O trabalho a obrigou a se instalar no Rio, e as visitas a Curitiba onde nasceu e cresceu entre o bairro do Pilarzinho e o Centro Histórico se tornam mais esparsas. Fabiula vive na capital carioca acompanhada pelo marido Alexandre Nero. Não deixa de ser curioso como o casal, há 9 anos junto, experimentou a ascensão profissional ao mesmo tempo, ainda que por caminhos diferentes – o ator faz atualmente sua terceira novela, Escrito nas Estrelas.

“Foi uma coisa maluca, nem a gente acredita. Tevê era uma coisa muito distante. A gente falava em fazer novela de brincadeira”, lembra. “Mas a gente plantou a vida inteira e agora começa a colher os frutos. E isso é fundamental para um casal ficar junto. Se estivesse um frustrado e o outro não, não daria certo.”

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