domingo, 21 de fevereiro de 2010

A FALTA DE UMA POLÍTICA PÚBLICA DE CULTURA!!!


Na manhã de sexta feira (19/02), fui alcançado por telefone pela jornalista Franciele Hirata do Jornal Gazeta do Paraná, o assunto é claro não poderia ser outro: A atual situação cultural de Cascavel.

O primeiro questionamento da reporter foi em relação ao Teatro Barracão e o Ponto de Cultura, é claro que os desdobramentos aconteceram de forma natural, e dei "minha" opinião com sinceridade e também de forma técnica, desde o "Teatro Barracão até a criação da Fundação Cultural de Cascavel". Como rege a ética do bom jornalismo, Franciele ouviu o outro lado (Secretária da Cultura).

A "opinião" minha e a "versão" da secretária, já estavam a disposição do leitor da Gazeta ontem (sábado - 20/02). E a cada declaração da Secretária Judete Bilibio, fica latente o seu desconhecimento técnico, a pouca informação do setor cultural e a falta de uma "politica pública de cultura" nesta administração.

OUTROS PROJETOS E NÃO É PRIORIDADE

Durante a entrevista (mesmo por telefone), destaquei vários projetos deixados pela administração anterior: Teatro Municipal (estrutura física e técnica), Corpos estáveis do Teatro Municipal (a alma do futuro teatro - Coro Sinfônico, Orquestra sinfônica, Corpo de Baile e Teatro de Comédias), Ponto de Cultura no Teatro Barracão, Casa da Cultura Zona Norte, Circo da Cidadania (dentro do Atitude), Fundação Cultural entre outros.

Na "versão" da secretária, a atual administração têm "OUTROS PROJETOS E NÃO É PRIORIDADE" os projetos e politica cultural citados por mim. Claro que ao afirmar isso nossa querida representante do setor automaticamente deveria dizer ao povo e à classe artística, quais são os projetos existentes na Cultura e qual é sua prioridade???!!! E é claro que isso não aconteceu, pois não há projetos, não há prioridade, não há norte, não há competência e muito menos uma politica cultural compatível com o tamanho de Cascavel.

O TEATRO BARRACÃO

Mais uma vez ouvimos besteiras. Quando se discute "ESPAÇOS ALTERNATIVOS", as pessoas deveriam dimensionar números e valores. Alegar que para reformar o Teatro Barracão seriam necessários recursos na ordem de R$ 600.000.00 (seiscentos mil reais), é dúvidar da capacidade de discernimento do contribuinte e da classe artística de Cascavel. Com esse valor é possivel construir e equipar no mínimo dois espaços "alternativos" como o Teatro Barracão. No entanto está lá uma estrutura já construída e que com menos de cem mil reais é possivel colocá-la em ação.
SUGESTÃO: REPASSEM PARA ACPT (ASSOCIAÇÃO CENTRO DE PESQUISA TEATRAL) E AO GRUPO FOLCLÓRICO LADRI D'CUORI, O VALOR CONSIDERADO BAIXO PARA REFORMA (R$ 56.000,00), E A ADMINISTRAÇÃO DO TEATRO BARRACÃO, QUE EM MENOS DE SEIS MESES A PROGRAMAÇÃO DO ESPAÇO SERÁ MAIOR E COM UM PÚBLICO INFINITAMENTE SUPERIOR AO QUE TÊM FREQUENTADO O CENTRO CULTURAL GILBERTO MAYER.

A POLITICA DE EVENTOS

Nem mesmo os eventos tradicionais, os espetáculos e apresentações de fora de Cascavel conseguem atrair o público, pois tudo em que a Secretaria da Cultura "toca" não dá certo. Ontem (20) e sexta (19), esteve na cidade mais um espetáculo de fora de Cascavel, e pra variar o público em nenhuma das duas sessões foi superior a 70 "testemunhas".
E o Festival de Música do ano passado que ainda não pagaram fornecedores e professores??? Na administração Lísias Tomé, quando isso aconteceu, deu origem a um escândalo chamado de "OS AMIGOS DA BILIOTECA"... Vamos lembrar também que a Secretaria da Cultura perdeu recurso do estado na ordem de R$ 50.000,00 para os festivais de Música e Dança por falta de "gestão". Pra não dizer "falta de competência". E o público participante destes festivais??? Caiu em mais de 60 porcento!!! Quer dizer, nem a politica mais simples que é a de eventos a administração Edgar Bueno consegue gerenciar, pois não têm credibilidade no setor.

FUNDAÇÃO CULTURAL

Em uma cidade com uma população que beira os 300 mil habitantes, um pólo universitário com cerca de 50 mil estudantes e um centro regional, jamais poderia ter a frente de uma gestão pública no setor cultural, alguém que "acha" que uma Fundação Cultural não é prioridade. Esta afirmação mostra o desconhecimento a respeito de uma Autarquia com personalidade jurídica própria, inclusive para não perder recursos como aconteceu com os festivais de música e dança.
Indo além, Judete mostra uma visão limitada, pois num futuro próximo o município será obrigado a fazer "contratações técnicas" para colocar o Teatro Municipal em operação, e a Fundação Cultural supriria essa necessidade. Como também dentro do projeto da Fundação Cultural, estariam inseridos os Corpos estáveis do Teatro Municipal, O Conselho Municipal de Cultura e o Fundo Municipal da Cultura.

Edgar Bueno, ou chora ou está muito contente com as declarações de Judete. Pois se quer se livrar desse "peso" chegou o momento, então alimentará o "arakiri" da secretária. Caso resolva arcar com o ônus, deverá em breve solicitar que Judete "evite" de falar e comprometer a administração.

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