AQUI FALAMOS, DIVULGAMOS, CRITICAMOS E OPINAMOS SOBRE A CULTURA LOCAL, REGIONAL E NACIONAL
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
A PRAÇA "JÁ ERA DO POVO"! EDGAR DEIXA FAMÍLIA SARAIVA MAIS RICA!!!
UM DOS EPISÓDIOS MAIS TRISTES DA HISTÓRIA DE CASCAVEL
Um janeiro de luto para a população de Cascavel: pagar quase 10 milhões de reais por um patrimônio que já era seu, consagrado pela lei e pela história.
Os incêndios da Prefeitura (1960) e do Fórum (1968), agora têm mais uma data a ser lembrada com muita tristeza: a derrota do povo de Cascavel no caso da Praça Wilson Joffre, sacramentada por uma segunda desapropriação da mesma área que na década de 60 passou a pertencer à população e tomou forma na obra da praça, na qual o Município investiu e reinvestiu várias vezes para dotá-la de melhores condições para um logradouro público central.
6 de janeiro de 2010: decreto assinado pelo prefeito Edgar Bueno “desapropria” a quadra na qual está construída a Praça Wilson Joffre. Esse foi o primeiro passo para um acordo entre a Prefeitura e a família Saraiva, que indevidamente se julgava proprietária da quadra e agora até foi assim declarada no próprio decreto, em que o município, erroneamente, reconhece a propriedade como pertencente ao espólio de Geraldo Marques Saraiva.
O Prefeito Edgar Bueno tem consciência de que a pílula foi amarga e se escora na idéia de que seu antecessor iria pagar o dobro. NO entanto, seu primeiro antecessor, Salazar Barreiros, mesmo na pertencendo a um partido que se diz “socialista moreno”, jamais pagou nem pagaria por uma dívida inexistente. Bueno, corretamente, na primeira gestão também não pagou.
Bueno deixou de fazer pessoalmente o acerto entre a Prefeitura e a família Saraiva. As tratativas ficaram a cargo do procurador municipal Kennedy Machado e do prefeito em exercício, Jadir de Mattos.
DITADURA E UM INCÊNDIO “INVENTARAM” A DÍVIDA QUE JAMAIS EXISTIU
Precatórios são dívidas que precisam ser pagas. Mas, no caso da Praça Wilson Joffre, o triste episódio resultou de uma grande fraude, com “direito” até a queima de sentença em um incêndio (o do Fórum, em 1968) ainda hoje envolto em suspeitas.
A ditadura reinante amarrava a Justiça e calava os protestos. Muitos espertalhões se aproveitaram do poder para impor sua vontade, vingar-se e promover fraudes impunemente.
O precatório da PWJ surgiu, assim, da queima de uma sentença judicial em plena ditadura. Mesmo sem ter direito, e por isso perdeu na Justiça, Geraldo Marques Saraiva alegou ser o proprietário da quadra da praça e o que era fantasia se tornou real.
Com problemas que se acumulam na periferia, o Município paga pela segunda vez uma área há décadas já pertencente ao patrimônio público municipal. Uma grave derrota para a população de Cascavel.
Quase dez milhões de reais arrancados dos cofres municipais. Recursos que jamais serão usados para resolver os problemas concretos da população.
Extraído do Boletim do PCB – 27.01.2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário