sexta-feira, 2 de julho de 2010

ATENÇÃO CASCAVEL! MIREM-SE NO EXEMPLO DE LONDRINA!!!


FILO encerra edição 2010 com cerca de 130 apresentações

Festival Internacional de Londrina proporcionou ao público mais de 50 espetáculos de 11 países, em 18 dias de programação

Durante 18 dias do mês de junho, Londrina foi palco de grandes atrações do FILO, que encerrou a edição 2010 no último domingo (27) com balanço positivo de público e programação artística.

A fase agora é de avaliação, com olhar voltado já para a edição 2011, que começa a ser planejada. O FILO completou 42 anos, reafirmando sua importância dentro do cenário cultural da América Latina.

Em 2010, o Festival – que teve orçamento fechado em R$ 1,6 milhão - manteve a média de público dos anos anteriores. A organização estima que cerca de 90 mil pessoas estiveram presentes em 128 apresentações, 53 espetáculos, 22 atividades formativas e quatro projetos socioculturais, realizados em 24 espaços espalhados pela cidade. No final de maio, um show da cantora Ana Carolina marcou o lançamento do FILO 2010. O evento levou ao Anfiteatro do Zerão um público que ultrapassou a lotação das arquibancadas, com capacidade para 15 mil espectadores. O público presente, de Londrina e de outras regiões do Estado, disputou espaço também no gramado e nas laterais do anfiteatro.

A programação internacional do FILO trouxe 17 espetáculos de 14 grupos vindos de Portugal, França, Espanha, Itália, Turquia, Alemanha, Estados Unidos, Uruguai, Chile e Argentina. Do Brasil, a organização selecionou 36 atrações. Espetáculos foram levados para as ruas e praças de Londrina e também das vizinhas Cambé e Cambará (Norte do PR). Nas salas de teatro, montagens provocativas ressaltaram a qualidade artística de trabalhos como o do italiano Pippo Delbono e da coreógrafa Marta Carrasco (Espanha), que assinam a direção dos dois grandes destaques do FILO 2010: "Guerra" e "Dies Irae, en el réquiem de Mozart".

Outros trabalhos mereceram destaque do público, como "A Tempestade" (Cia. do Chapitô/Portugal) e "LIFE.stories" (Marc Schnittger/Alemanha), que tiveram ingressos esgotados nos primeiros dias de venda, além de "Neva" (do grupo chileno Teatro em El Blanco), destaque na programação latino-americana.

A mostra artística deste ano ofereceu atrações para públicos variados. As crianças tiveram um espaço especial na tenda do Palco Mostra Infantil, que reuniu oito companhias na lona montada no gramado do Zerão, com espetáculos como "Ogroleto", de Karen Acioly, que fechou no domingo esta programação.

Atrações nacionais como "Doido" (Elias Andreatto/SP), "Memória da Cana" (Os Fofos Encenam/SP), "Aqueles Dois" (Cia. Luna Lunera/MG) e "Acorda Zé! A Comadre Tá de Pé", do Grupo Moitará, pontuaram entre as preferidas do público. Um recorte do teatro londrinense também foi apresentado em 15 espetáculos que trouxeram atrações de rua e de palco, em variados gêneros.

Espetáculos do FILO foram destacados para a Mostra Internacional de Teatro (MIT) do Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, Brasília e no Rio de Janeiro. Com curadoria de Luiz Bertipaglia, diretor do FILO, circularam pela MIT os espetáculos "A Tempestade", "La Gigantea", "Guerra", "Dies Irae...", "The Cabinet", "El Ultimo Heredero" e "Braquage".

Na avaliação de Luiz Bertipaglia, a edição 2010 do FILO foi marcada pela alta qualidade artística dos espetáculos apresentados e pela diversidade de gêneros programados. "Todas as áreas das artes cênicas estavam representadas e houve espetáculos para todos os tipos de espectadores".

Formação

Mais de 100 pessoas participaram dos quatro projetos socioculturais desenvolvidos com integrantes da Cia. Cristal/Ponto de Cultura Cepiac, um grupo de senhoras da terceira idade, alunos da Associação de Deficientes Visuais de Londrina e seminaristas da Pequena Missão para Surdos.

Com esse trabalho, o FILO busca levar a arte para além das salas de espetáculos, abrindo possibilidades a pessoas da comunidade de atuarem como agentes do processo e não apenas como plateia.

Uma série de atividades de formação realizadas na programação paralela reuniu um público superior a mil pessoas em bate-papos, oficinas, palestras, workshops e encontros com grupos e artistas participantes, além de profissionais convidados.

As atividades formativas atraíram também pessoas de cidades vizinhas, como Maringá e Primeiro de Maio. Um grupo de teatro amador de Tenente Portela (RS) desembarcou em Londrina especialmente para participar de uma das oficinas.


Pontos de encontro

Alguns espaços da cidade foram selecionados para abrigar os Pontos de Encontro do FILO após as apresentações dos espetáculos. A exemplo do ano passado, a organização firmou parcerias com bares e espaços alternativos, que ofertaram uma programação especial ao público do Festival.

Este ano, shows e performances artísticas foram realizados nas Vilas Culturais Alona e Cemitério de Automóveis, e nos bares Vitrola e Valentino. No encerramento, o Bafo Quente embalou os participantes do FILO no último dia do Festival, com show no Bar Valentino.


Novo formato de bilheteria

O novo formato implantado este ano para a venda de ingressos foi aprovado pela organização e, principalmente, pelo público. O FILO colocou lotes de ingressos à venda em duas etapas, o que contribuiu para agilizar o atendimento. Apesar da grande procura por ingressos, quem esperava encontrar filas demoradas foi surpreendido.

"Esse formato está aprovado. Não tivemos acúmulo de pessoas nem filas demoradas na bilheteria, e um número maior de espectadores teve acesso a mais espetáculos, uma vez que a venda dos ingressos foi dividida em duas etapas", comenta o diretor Luiz Bertipaglia.

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